Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Congresso Sindical Britânico (Trades Union Congress, TUC, pela sigla em inglês) aprovou uma moção reafirmando o apoio aos direitos palestinos, defendendo um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza, o reconhecimento do Estado da Palestina e um embargo abrangente de armas contra Israel, durante sua reunião anual realizada em Brighton, nesta quinta-feira (12/09). 

Em uma resolução aprovada por uma maioria esmagadora, os delegados também pediram a continuação de ações legais contra Israel em tribunais internacionais e o acesso irrestrito de ajuda humanitária a Gaza. 

O TUC é uma união nacional dos sindicatos britânicos e representa 5,5 milhões de membros de diversas profissões. Assim, a moção foi apresentada pelo Sindicato Nacional da Educação, com o apoio da Unison (serviços públicos) e da Unite.

Entre seus objetivos, visa pressionar o governo trabalhista do Reino Unido, chefiado por Keir Starmer, com uma clara repreensão à decisão do Secretário de Relações Exteriores, David Lammy, de suspender apenas 10% das licenças de exportação de armas para Israel

Segundo os sindicatos em apoio à Palestina, a decisão exclui crucialmente as exportações indiretas de componentes para a aeronave de combate F-35, conhecida por ter sido usada para massacrar civis em Gaza.

tuc.org.uk
Embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot

Assim, a TUC apelou ao governo britânico para encerrar todas as licenças para armas comercializadas com Israel e cumprir integralmente suas obrigações sob a lei internacional e a Convenção sobre Genocídio.

O congresso do TUC também recebeu o embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot, que também endossou sanções contra os apelos israelenses ao genocídio.

Durante seu discurso, o embaixador Zomlot agradeceu aos participantes pelo apoio aos direitos palestinos, descrevendo a votação como um “momento histórico” que “representa inequivocamente um desejo coletivo de deter as práticas israelenses, incluindo sua ocupação militar ilegal e o suposto genocídio em Gaza”.

Zomlot ainda expressou sua decepção com a inércia da comunidade internacional, observando que a situação atual na Palestina prejudica os esforços pós-Segunda Guerra Mundial para evitar tais atrocidades.

(*) Com Monitor do Oriente Médio e Wafa