Seleção egípcia recusa jogo contra Zâmbia por causa da comissão técnica sionista

Veículos de comunicação egípcios, como o portal de esportes Pharaohs XI, relataram na quarta-feira (27/08) que a comissão técnica da seleção nacional, liderada pelo técnico Hossam Hassan, recusou uma proposta de uma empresa de marketing esportivo para realizar um amistoso contra a Zâmbia em novembro.

A Associação Egípcia de Futebol rejeitou, após a comissão egípcia descobrir que o técnico da seleção zambiana é o israelense Avram Grant, informou o jornal de Tel Aviv Haaretz. Segundo relatos, Hassan recusou-se terminantemente, supostamente para evitar criar disputas ou gerar reações negativas da torcida e da mídia egípcias.

A objeção não foi dirigida pessoalmente ao técnico Avram Grant, que já treinou Gana, ou ao seu assistente Eyal Lachman, mas sim à situação política mais ampla que eles representam, causando tensões desnecessárias antes da Copa Africana de Nações.

O jogo teria sido agendado para a pausa internacional de novembro, que ocorre depois das eliminatórias da Copa do Mundo da África e serve como uma partida preparatória para a Copa Africana de Nações, que será realizada no Marrocos do final de dezembro até meados de janeiro.

Comissão técnica da seleção nacional do Egito rejeitou a oferta de jogar amistoso contra a Zâmbia de Avram Grant em novembro para evitar gerar polêmica ou irritar fãs e a mídia
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Presença de Israel aumenta tensões

O astro do futebol egípcio Mohamed Salah criticou a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) pelo que ele descreveu como uma “vaga homenagem a Suleiman al-Obeid”. Conhecido como o “Pelé palestino”, o jogador de 41 anos, foi morto em um ataque israelense contra civis que esperavam por ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza na quarta-feira (06/08). Informou a Associação Palestina de Futebol.

A UEFA realizou uma breve publicação no X dizendo ser “um talento que deu esperança a inúmeras crianças, mesmo nos momentos mais sombrios”. Salah respondeu a postagem: “Você pode nos dizer como ele morreu, onde e por quê?”.

Em 21 de agosto, a Associação Italiana de Treinadores (AIAC) pediu formalmente à FIFA e à UEFA que suspendessem Israel de torneios internacionais de futebol, alegando responsabilidade moral devido à guerra em curso em Gaza.

Através de uma carta enviada ao presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gravina, o líder da AIAC, Renzo Ulivieri, declarou que a decisão foi unânime entre a diretoria nacional da associação e a descreveu como uma “escolha necessária” motivada por um “imperativo moral”.

“Os valores da humanidade, que sustentam os do esporte, nos obrigam a nos opor a atos de opressão com consequências terríveis”, declarou Ulivieri, pedindo que a FIFA e a UEFA tomem medidas contra Israel.