Putin fala em ‘apoio inabalável’ para Palestina durante telefonema com Netanyahu
Lideranças da Rússia e Israel discutiram a respeito da situação no Oriente Médio, incluindo plano de Trump para Gaza e programa nuclear iraniano
Por telefone, o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discutiram na noite de segunda-feira (06/10) a situação no Oriente Médio, sobretudo na Faixa de Gaza no contexto das negociações em curso referentes à proposta de cessar-fogo apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada.
De acordo com um comunicado emitido pelo Kremlin, o chefe de Estado da Rússia reforçou seu ‘apoio inabalável” sobre uma “solução abrangente da questão palestina com base em uma estrutura legal internacional bem conhecida”.
Durante a conversa, também foram discutidos outros temas regionais. Dado momento, as duas lideranças expressaram interesse em encontrar “soluções de negociação para a situação em torno do programa nuclear iraniano e na continuidade da estabilização na Síria”, conforme o Kremlin, que não forneceu mais detalhes sobrea ligação telefônica.
Vale lembrar que, recentemente, foram reintroduzidas sanções contra o Irã em razão de seu programa nuclear, apesar dos esforços diplomáticos de Pequim e Moscou no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversa por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Alexander Kazakov/Russian Presidential Press and Information Office/TASS
O telefonema ocorreu um dia antes desta terça-feira (07/10), que marca o segundo ano do genocídio televisionado de Israel em Gaza. Até o momento, o Ministério da Saúde do enclave contabiliza mais de 67.100 palestinos mortos em ataques israelenses, sendo a maioria mulheres e crianças. Além disso, o território em si tornou-se inabitável devido às ofensivas diárias de Tel Aviv e ameaças constantes que levam ao deslocamento em massa. Os palestinos enfrentam hoje uma crise humanitária, com mortes por fome e proliferação de doenças.
Na segunda-feira, iniciaram-se também as negociações indiretas entre as delegações de Israel e do Hamas em Sharm el-Sheikh, no Egito,para discutir o plano de 20 pontos de Trump. O texto prevê a libertação de reféns, um cessar-fogo, a desmilitarização do Hamas e abre possibilidade para o estabelecimento de um Estado palestino – ainda que Netanyahu siga rejeitando firmemente este último tópico.
(*) Com RT en Español e TASS























