Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Após 200 dias de ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, completados nesta terça-feira (23/04), as Brigadas Al-Qassam, braço armado do movimento de resistência palestino Hamas, difundiu um vídeo para criticar Israel e exigir que as forças desse país desocupem o território, permitindo que a população local possa retornar a casa.

No vídeo, um dos porta-vozes do grupo, Abu Obeida, afirma que “o inimigo (Israel) está num pântano, preso nas areias de Gaza, onde só colherá vergonha e derrota”.

“Após 200 dias de ataques, a nossa resistência em Gaza é tão sólida como as montanhas da Palestina, e o inimigo ainda está tentando restaurar sua imagem, já que não conseguiu nada, a não ser produzir morte e destruição”, acrescentou o representante da Brigada.

Obeida ressaltou que o grupo continuará “com a nossa campanha e a nossa resistência, enquanto for mantida a agressão às nossas terras”.

“As forças de ocupação estão tentando convencer o mundo de que eliminaram todas as facções da resistência, e isso é uma grande mentira”, completou Obeida.

Desocupação

Em outro trecho do vídeo, o porta-voz das Brigadas Al-Qassam exigiu a retirada do exército israelense da Faixa de Gaza e o regresso dos palestinos deslocados às suas casas como condição para um cessar-fogo.

“O inimigo (Israel) está tentando renegar as promessas que fez durante as negociações e quer ganhar tempo, mas as oportunidades (para uma possível trégua) são poucas”, afirmou Obeida.

Reprodução vídeo
Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, em vídeo difundido após 200 dias de ofensiva militar israelense em Gaza

O representante do Hamas também advertiu que um possível incremento das operações militares de Israel em Gaza fará com que o grupo também intensifique suas ações.

Obeida terminou sua mensagem agradecendo o apoio dado à resistência palestina em protestos quase diários na Jordânia, no Irã e na Turquia, além das ações de grupos armados aliados no Líbano, Iêmen e Iraque.

“Apelamos às massas para que apoiem a resistência, que permanecerá fiel aos sacrifícios do nosso povo”, concluiu o líder palestino.