Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Um plano para Gaza, em elaboração pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevê que o território devastado por Israel seja administrado por Washington por pelo menos dez anos. As informações são do jornal norte-americano Washington Post.

A proposta também inclui a realocação temporária da população e a reconstrução da área como resort turístico e centro de manufatura, segundo reportagem, publicada neste domingo (31/08).

Segundo um documento de 38 páginas obtido pelo jornal, os 2 milhões de habitantes de Gaza deixariam suas casas em partidas “voluntárias”, seja para outros países, seja para áreas restritas dentro do território durante o processo de reconstrução.

A existência de tal proposta já havia sido noticiada pela agência de notícias Reuters, que falou em um esforço para construir campos de grande escala, chamados “Áreas de Trânsito Humanitário”, dentro e possivelmente fora de Gaza.

Em elaboração pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, plano prevê que território devastado por Israel seja administrado por Washington por ao menos dez anos <br / > Casa Branca/Flickr

Em elaboração pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, plano prevê que território devastado por Israel seja administrado por Washington por ao menos dez anos
Casa Branca/Flickr

O projeto é vinculado à Gaza Humanitarian Foundation (GHF), grupo apoiado pelos Estados Unidos, e considerado controverso; a fundação atua em coordenação com militares israelenses e colabora com empresas privadas de segurança e logística norte-americanas.

Conforme o Post, qualquer proprietário de terra palestina receberia um “token digital” como garantia de direito à reconstrução de sua propriedade.

Cada palestino que deixar o território teria direito ainda a US$ 5 mil em dinheiro, subsídios para quatro anos de aluguel e um ano de alimentos.

O plano leva o nome de “Gaza Reconstitution, Economic Acceleration and Transformation Trust”, ou GREAT Trust, e foi desenvolvido pela GHF.

O grupo é considerado pelo governo Trump e por Israel o principal executor de esforços humanitários em Gaza, em substituição ao sistema liderado pela ONU, que, segundo Israel, permite o desvio de ajuda por militantes.