Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A crise no Partido Trabalhista do Reino Unido devido à postura oficial do partido durante ao novo conflito no Oriente Médio ficou mais evidente nesta terça-feira (07/11), depois de uma declaração do líder da legenda, Keir Starmer, na qual negou apoiar uma petição para um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza.

Segundo o canal Al Jazeera, o pronunciamento de Starmer aumentou o mal-estar em alguns setores do partido, entre os quais já se observa uma tendência de renúncias à legenda.

Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, 49 políticos já abandonaram o Partido Trabalhista. A maioria dos casos é de líderes regionais e descendentes de britânicos nascidos em ex-colônias do Reino Unido em regiões árabes.

Porém, o caso mais chamativo aconteceu nesta mesma terça-feira, com uma das figuras mais importantes da cúpula trabalhista: o parlamentar Imran Hussain, que até então era membro do chamado “gabinete nas sombras”, o grupo de figuras da cúpula do partido que elabora projetos antagônicos aos do atual governo – liderado pelo conservador Rishi Sunak – para oferecer soluções políticas alternativas ao país.

Decisão do líder do partido, Keir Starmer, causou mal-estar em alguns parlamentares; um dos integrantes da cúpula, Imran Hussain, faz parte do grupo que defende abandonar a legenda

Partido Trabalhista do Reino Unido

Imran Hussain deixou a cúpula do Partido Trabalhista britânico por discordar da postura da legenda sobre o conflito em Gaza

Hussain era ministro do Trabalho do “gabinete nas sombras”, mas deixou esse cargo fictício após a declaração do líder do partido contra o cessar-fogo em Gaza.

“Quero poder defender firmemente um cessar-fogo, tal como solicitado pelo secretário-geral das Nações Unidas. Para ser totalmente livre para fazê-lo, decidi deixar de fazer parte da cúpula do Partido Trabalhista”, afirmou Hussain.

O parlamentar, no entanto, não detalhou se a decisão inclui uma renúncia à sua própria militância no Partido Trabalhista. Por enquanto, ele somente deixou de fazer parte da executiva nacional e do “gabinete nas sombras”.

O caso de Hussain não é o único mais conhecido. Antes dele, houve o caso de Andy McDonald, que foi suspenso pela direção do partido, por ter participado de uma manifestação em favor dos palestinos de Gaza no dia 28 de outubro.

Com informações de Al Jazeera.