Milhares de manifestantes vão às ruas após Israel estar na final do Eurovision
Ato pede que competição exclua país pela ofensiva na Faixa de Gaza
A final da competição musical Eurovision está marcada para este sábado (11/06), na cidade sueca de Malmö, onde milhares de manifestantes pró-Palestina foram às ruas para protestar contra a participação de Israel. Após garantir sua vaga na final na quinta-feira (09/05), a cantora israelense Eden Golan, com sua música Hurricane, é dada como favorita para vencer o concurso, que no ano passado foi acompanhado por mais de 160 milhões de telespectadores.
A participação de Israel gera polêmica, apesar dos pedidos para excluir o país, que vem sendo criticado pela ofensiva na Faixa de Gaza. Em Malmö, onde vive a maior comunidade de origem palestina da Suécia, entre 2.000 e 3.000 pessoas reuniram-se pacificamente para protestar contra sua participação, segundo estimativas da agência AFP.
A União Europeia de Radiodifusão (UER), que suspendeu a Rússia há dois anos devido à guerra na Ucrânia, confirmou em março a participação de Israel, embora tenha solicitado à sua representante que modificasse a música apresentada. A canção, então chamada “October Rain”, fazia referências ao ataque do Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.

Pinar D./Twitter
Em Malmö, onde vive maior comunidade palestina da Suécia, pessoas reuniram-se para protestar contra participação de Israel
Outra polêmica neste ano foi a desclassificação do representante holandês, Joost Klein, após ter sido denunciado por um membro da equipe de produção. Segundo ele, Klein teria feito um “movimento ameaçador em direção a um operador de câmera” enquanto se dirigia ao vestiário, após a semifinal.
100 mil fãs de 90 países
Segundo a emissora sueca Avrotros, a expulsão foi “desproporcional”. Agora serão 25 países, e não mais 26, disputando o primeiro lugar do concurso, conquistado pela Suécia na última edição. A terceira maior cidade sueca espera a chegada de cerca de 100.000 fãs de 90 países. Esta edição coincide com o 50º aniversário da vitória do grupo sueco ABBA no Eurovision com o “hit” Waterloo.
O conflito em Gaza já teve destaque nesta 68ª edição do concurso. Durante a apresentação de abertura da primeira semifinal, na terça-feira (07/05), o cantor sueco Eric Saade subiu ao palco com um lenço palestino amarrado ao redor do pulso. Nove participantes desta edição pediram um cessar-fogo em Gaza. Sete deles se classificaram para a final.























