Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O Papa Leão 14, conversou nesta segunda-feira (21/07) com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na esteira do ataque israelense contra a única paróquia católica da Faixa de Gaza.

O ataque israelense à Igreja da Sagrada Família, na última sexta-feira (17/07), deixou três mortos e mais de 10 feridos, incluindo o padre argentino Gabriel Romanelli, que sofreu lesões na perna e era interlocutor frequente do finado papa Francisco.

De acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, o pontífice norte-americano “renovou o apelo em defesa do pleno respeito do direito internacional humanitário, sublinhando a obrigação de proteger civis e lugares sagrados”.

O líder da Igreja Católica rejeitou mais uma vez o “uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado da população”.

“Dada a dramática situação humanitária, enfatizou-se a urgência de prestar socorro a quem está mais exposto às consequências do conflito e de permitir a entrada adequada de ajuda humanitária”, acrescentou a nota do Vaticano.

Por sua vez, Abbas informou o Papa sobre as “terríveis condições” que a guerra de Israel tem submetido o povo palestino em Gaza, segundo a agência de notícias palestina Wafa.

Abbas elogiou “posição honrosa do Vaticano em defender o direito internacional humanitário” 
Kremlin/Wikicommons

O presidente da ANP reiterou a prioridade palestina de alcançar um cessar-fogo, garantir a libertação dos reféns, facilitar a entrada de ajuda médica e humanitária, e “permitir que o Estado da Palestina assuma plenamente suas responsabilidades na Faixa de Gaza”, além de “liberar os fundos palestinos retidos por Israel, o que agravou severamente a situação já terrível”.

Abbas também pediu ao Papa que “direcionasse suas orações e apelos aos líderes mundiais para que pusessem fim à matança, à fome e ao terrorismo dos colonos contra o povo palestino, para que interrompessem os ataques aos locais sagrados islâmicos e cristãos” enfatizando que os muçulmanos e cristãos palestinos “estão unidos em sua busca por liberdade e independência”.

Por fim, elogiou “a posição honrosa do Vaticano em defender o direito internacional humanitário” e seus repetidos apelos para alcançar a paz na terra da paz.

O Papa Leão 14 renovou, no último domingo (20/07), seu apelo pelo “fim imediato da barbárie” e uma “resolução pacífica” do conflito na Faixa de Gaza, afirmando que “o mundo não suporta mais a guerra” no Oriente Médio.

Na última sexta-feira (18/07), Leão 14 já havia recebido um telefonema do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de quem cobrou respeito a locais de culto e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

(*) Com Ansa