Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Comissão Palestina para Assuntos de Detidos denunciou, neste domingo (17/12), que as mulheres presas pelo exército israelense na Faixa de Gaza foram submetidas a tortura e a abusos brutais.

De acordo com a emissora catari Al Jazeera, uma testemunha das reféns relatou à entidade palestina que a administração penitenciária israelense “escolheu deliberadamente” as mulheres detidas de Gaza para o “pior tipo de tratamento”.

“Uma mulher idosa, de 80 anos, de Gaza, chegou à prisão andando de muleta e sem cobertura na cabeça. Seu corpo e suas roupas estavam cheios de sangue e ela não sabia de nada. Parecia que ela sofria da doença de Alzheimer”, disse a Comissão, citando o relato.

A entidade ainda afirmou que todas as prisioneiras na Faixa de Gaza tiveram as suas vestimentas confiscadas e substituídas por roupas de verão. Foram submetidas, inclusive, a diversas hostilidades, como espancamentos e agressões, além de insultos e injúrias incessantes, sendo que algumas das vítimas passaram dias desabrigadas, “na chuva e no frio”.

Testemunha relatou que penitenciária israelense ‘escolheu deliberadamente’ mulheres para serem hostilizadas, citando idosa que chegou ‘cheia de sangue’

Twitter/Palestine Online

Comissão Palestina para Assuntos de Detidos denuncia que mulheres presas por Israel são submetidas à tortura

O gabinete dos direitos humanos das Nações Unidas (ACNUDH) também anunciou ter recebido relatos, do norte de Gaza, sobre detenções em massa, maus-tratos e desaparecimentos de milhares de palestinos nas mãos dos israelenses.

Os registros da organização contabilizam, por exemplo, mais de 140 mulheres, sendo a maioria detida ao tentar fugir para o sul por conta da intensificação dos ataques do exército de Tel Aviv na região, ou durante as operações militares realizadas por invasões em casas, hospitais, escolas e outros locais de refúgio.

De acordo com outros relatórios mencionados pela ONU, crianças de até 12 anos e pessoas de até 70 também estão dentre os detidos pelo exército israelense.

Os documentos sugerem que a maioria das vítimas foi submetida a torturas graves. Civis foram mortos, inclusive, em aparentes execuções extrajudiciais dentro dos próprios locais de refúgio, como escolas.