Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Instituto Palestino de Diplomacia Pública (PIPD, na sigla em inglês) alertou, por meio de uma nota publicada nesta quarta-feira (15/01), que “o que está por vir ainda não está claro” em relação à conduta de Israel nos próximos dias, apesar de o governo catari ter anunciado que um acordo de cessar-fogo foi selado entre o grupo palestino Hamas e o governo israelense.

“A luta pela libertação não é fácil, é o acúmulo de batalhas e a sumud (firmeza ou perseverança constante) das pessoas. Nosso povo demonstrou que não há valor maior do que a liberdade e a dignidade”, declarou o PIPD, uma instituição não governamental que defende a libertação da Palestina. “Devemos lembrar que Israel age de má-fé, violando e descumprindo acordos e cessar-fogos, como vimos atualmente no Líbano e em muitos outros países.”

A organização ressaltou que, após os 15 meses de um genocídio televisionado e promovido por Israel, “agora o mundo sabe que a intenção do nosso colonizador é exterminar nosso povo e os povos da região”.

“O mundo agora sabe que Israel é liderado por criminosos de guerra e não hesitará em massacrar crianças de uma das maneiras mais hediondas que a humanidade já viu”, pontuou.

RS/Fotos Públicas
Hamas e Israel selam acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza com intercâmbio de reféns

Em sua nota, o PIPD também enfatizou a necessidade de “pressão e mobilização” para evitar danos nos próximos dias, uma vez que a tendência é de que Israel aumente “severamente a escalada” antes da implementação do cessar-fogo, prevista para domingo (19/01).

Por fim, o instituto destacou que as exigências do povo palestino permanecem, tais como o respeito ao cessar-fogo, permissão integral à entrada de ajuda humanitária em Gaza, retorno seguro e total dos palestinos aos seus lares, medidas para responsabilizar Israel e os cúmplices do genocídio no enclave, entre outras. 

Leia a nota na íntegra:

“Cessar-fogo em Gaza: declaração do Instituto Palestino de Diplomacia Pública

A luta pela libertação não é fácil, é o acúmulo de batalhas e a sumud (firmeza ou perseverança constante) das pessoas. Nosso povo demonstrou que não há valor maior do que a liberdade e a dignidade. 

Agora o mundo sabe que a intenção do nosso colonizador é exterminar nosso povo e os povos da região, um projeto colonial que começou no final do século XVIII e continua até hoje. O mundo agora sabe que Israel é liderado por criminosos de guerra e não hesitará em massacrar crianças de uma das maneiras mais hediondas que a humanidade já viu.

Devemos lembrar que Israel age de má-fé, violando e descumprindo acordos e cessar-fogos, como vimos atualmente no Líbano e em muitos outros países.

O que está por vir ainda não está claro, mas o que sabemos é que os próximos dias antes do domingo, dia 19, podem trazer mais horrores, já que Israel tende a aumentar severamente a escalada antes do cessar-fogo. Isso exige pressão e mobilização para que não aconteça. 

Nossas exigências como palestinos permanecem: 

Respeito ao cessar-fogo 

Fim do bloqueio 

Permissão total da entrada de todas as ajuda humanitária em Gaza 

Retorno total e seguro das pessoas para suas casas 

Permissão que as agências da ONU e outras organizações humanitárias e de mídia internacionais e nacionais entrem e operem livremente para atender às enormes necessidades humanitárias. 

Garantia da não privatização da ajuda humanitária e de seu uso como arma. 

Libertação incondicional de todos os prisioneiros políticos 

Permissão da passagem dos palestinos feridos para receber o tratamento necessário 

Respeitar agência palestina na reconstrução de Gaza 

Manutenção e aceleração de todas as medidas para responsabilizar Israel e os facilitadores do genocídio 

Apoio ao direito do povo palestino à libertação, ao retorno e à autodeterminação.”