Movimento ‘Game Over Israel’ pede suspensão de Israel da UEFA por genocídio em Gaza
Polícia de Oslo usou gás lacrimogêneo em meio a protestos pró-Palestina; jogo pelas Eliminatórias da Copa terminou com goleada da Noruega sobre Tel Aviv
O grupo de defesa dos direitos humanos Game Over Israel solicitou neste sábado (11/10) que a UEFA suspenda Israel até que o país ponha fim aos seus abusos contra os palestinos.
Com o cessar-fogo em Gaza entrando em vigor na sexta-feira (10/10), Ashish Prashar, diretor de campanha da organização, enfatizou a necessidade de responsabilizar o Estado israelense por sua conduta. “Mesmo que bombas e balas parem, o genocídio é um crime contra a humanidade e talvez o crime mais grave que um Estado ou projeto pode cometer”, declarou Prashar à emissora catari Al Jazeera.
Ele também afirmou que Israel “não tem lugar no futebol internacional” após os horrores desencadeados em Gaza, classificados por importantes grupos de direitos humanos e investigadores da ONU como genocídio.
“Lembrem-se do que a Europa fez depois da Segunda Guerra Mundial. A Alemanha nazista foi suspensa do futebol e os julgamentos de Nuremberg aconteceram”, recordou.
O Game Over Israel tem utilizado outdoors em grandes cidades ao redor do mundo para divulgar a mensagem: “Israel está cometendo genocídio. Suspendam Israel agora. É sua obrigação moral”.
John Dugard, ex-relator especial da ONU para a Palestina, disse que continua legalmente necessário e urgente que a UEFA proíba a Associação Israelense de Futebol (IFA).
“Pedimos que defendam a integridade do esporte e suspendam imediatamente a IFA e todas as equipes afiliadas das competições da UEFA até que Israel ponha fim ao genocídio e à sua ocupação ilegal, e cumpra integralmente suas obrigações perante o direito internacional”, disse em comunicado.

Game Over Israel lança campanha global com outdoors e apela à exclusão do futebol israelense
@gameover_israel / X
Manifestantes vão às ruas em Oslo
A partida das eliminatórias da Copa do Mundo entre Noruega e Israel, em Oslo neste sábado (11/10), foi marcada por protestos e uma forte resposta de segurança, que incluiu o uso de gás lacrimogêneo. Torcedores noruegueses estavam divididos sobre a participação israelense no torneio devido à guerra em Gaza.
Antes do jogo, centenas de apoiadores pró-palestinos se reuniram para protestar em frente ao parlamento norueguês, muitos vestindo camisas da seleção palestina. “A partida não deveria ter sido disputada. Se a Rússia for expulsa, Israel também deveria ser expulso”, disse um torcedor à Reuters, que usava uma camisa da Palestina.
Manifestantes também se concentraram do lado de fora do estádio Ullevaal, com bandeiras e sinalizadores. Prédios próximos exibiam faixas pró-palestinas penduradas nas sacadas.
A segurança foi reforçada no local, com a polícia fechando várias entradas horas antes do início da partida, realizando buscas em bolsas e reduzindo o número de espectadores permitidos. Posteriormente, a polícia norueguesa confirmou ter usado gás lacrimogêneo contra um grupo de manifestantes que tentou romper as barricadas em torno do estádio durante a partida. Vários manifestantes foram detidos, de acordo com a agência de notícias NTB.
Noruega venceu Israel nas eliminatórias da Copa do Mundo por 5 a 0.























