Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Ministro do Patrimônio de Israel, Amichay Eliyahu, declarou nesta quinta-feira (25/07) que seu país está “avançando a todo vapor para o extermínio de Gaza” e que o enclave palestino será “inteiramente judaico”, segundo relatou o jornal Times of Israel.

Em declarações à estação de rádio Kol Barama, Eliyahu, membro do partido de extrema direita Otzma Yehudit, acrescentou que o território palestino seria “limpo” para permitir assentamentos judaicos, mas que “árabes leais a Israel seriam tolerados”.

Em meio às falas extremistas, o ministro do governo de Benjamin Netanyahu disse que Israel “não é racista”, apenas “combate aqueles que o combatem”.

Eliyahu ainda falou sobre as denúncias de fome na Faixa de Gaza. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta sobre o estado preocupante de desnutrição no enclave, a autoridade israelense disse que tais alegações são parte de “uma campanha contra Israel”.

“Não há fome em Gaza. Mas não precisamos nos preocupar com isso, deixe o mundo com essa preocupação”, declarou. Ao mesmo tempo, reconheceu que Israel está em guerra tentar matar “esses monstros”, referindo-se aos palestinos.

Suas declarações ocorrem em um momento de crescente pressão internacional e condenação de Israel pela crise humanitária em Gaza e pela deterioração da situação no enclave.

Ministro do governo Netanyahu reconheceu que Israel está em guerra para matar palestinos
IRNA/Fotos Públicas

Ao mesmo tempo, geraram reação na política interna de Israel. O líder da oposição Yair Lapid declarou, por meio de um comunicado, que as palavras de Eliyahu foram “um ataque aos valores e um desastre de relações públicas”.

“Israel jamais convencerá o mundo da justiça de nossa guerra contra o terror enquanto formos liderados por um governo de minoria extremista com ministros que santificam o sangue e a morte”, disse.

As declarações de Eliyahu levaram até mesmo Netanyahu a se pronunciar. Por meio de uma declaração de seu gabinete, o primeiro-ministro israelense disse que seu ministro “não fala pelo governo” que ele lidera, porque “não é membro do Gabinete de Segurança que determina a condução da guerra”.

Depois de ficar calado durante a tarde e a noite, Netanyahu emitiu uma declaração em inglês na conta oficial de seu gabinete, X, após a meia-noite de quinta-feira e sexta-feira, na qual declarou que Eliyahu “não fala pelo governo que lidero”.

“Suas opiniões são pessoais. A política deste governo é clara e unânime. Suas declarações não a representam”, escreveu o mandatário

(*) Com RT en español e informações de Times of Israel