Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

A ministra da França para a Luta contra a Discriminação, Aurore Bergé, disse neste domingo (11/02) que iria cortar as verbas destinadas a organizações feministas francesas que tiveram uma “compreensão ambígua” sobre o “7 de outubro e o que aconteceu depois” em Israel.

Em entrevista à Rádio J, uma estação de rádio comunitária judaica em Paris, Bergé anunciou que o governo do presidente Emmanuel Macron está analisando declarações de todas as associações feministas francesas sobre o ataque do grupo palestino Hamas em Israel em 7 de outubro.

Segundo ela, “a menor ambiguidade” levará ao corte de subsídios para as organizações porque “ser feminista significa falar abertamente e apoiar as mulheres que foram mutiladas no dia 7 de Outubro”, referindo-se às acusações do exército israelense sobre o uso da violência sexual na data do ataque. 

Em entrevista a uma rádio judaica, Aurore Bergé afirmou que medida é 'apoio às mulheres que foram violentadas pelo Hamas no 7 de outubro', segundo o exército israelense

Wikicommons

Segundo Aurore Bergé, “a menor ambiguidade” sobre o 7 de outubro levará ao corte de subsídios para organizações

“Pedi que todas as associações apoiadas financeiramente fossem verificadas. Se houver a menor ambiguidade nos comentários que foram feitos no dia 7 de outubro, não seria normal que estas associações continuassem a receber subsídios do governo”, disse a ministra.

“Recuso que o Estado apoie financeiramente associações que não possam caracterizar o que aconteceu”, acrescentou.

Reiterando seu posicionamento pelo que acredita ser a luta feminista, a ministra escreveu posteriormente nas redes sociais: “O feminismo é universalista. Ele não escolhe suas vítimas. Ele não escolhe o país onde os homens decidiram contaminá-los, mutilá-los, estuprá-los. Ele apoia todas as mulheres vítimas da loucura masculina. Isto é o que nos diferencia”. 

(*) Com Brasil247