Maioria em cinco países defende redução ou fim do comércio de armas para Israel, aponta pesquisa
Campanha Embargo Global de Energia para a Palestina entrevistou mil pessoas na África do Sul, Brasil, Colômbia, Espanha e Grécia
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (07/08) pela campanha Embargo Global de Energia para a Palestina revela que a maioria da população do Brasil, Colômbia, Grécia, África do Sul e Espanha defende a interrupção ou redução do comércio de armas para Israel.
A sondagem que conta com apoio da organização Internacional Progressista entrevistou mais de mil pessoas em cada país. Na Espanha, 58% dos entrevistados pediram a suspensão total das vendas de armas, seguida pela Grécia (57%) e Colômbia (52%). No Brasil, 37% disseram ser favoráveis ao corte total, enquanto 22% defenderam a redução do comércio de armamentos. Na África do Sul, 46% apoiaram o fim das vendas e 20% a diminuição.
Mais de 3 em cada 4 (76%) dos espanhóis acreditam que as empresas de combustível, armas e máquinas que negociam com Israel devem ser responsabilizadas pela forma como seus produtos são usados em Gaza. Na Grécia e na Colômbia, esse número é de 7 em cada 10 (71% e 70%, respectivamente). E três quintos na África do Sul e no Brasil (60% e 62%, respectivamente), informa a sondagem.
‘Ação e não palavras’
À Al Jazeera, o coordenador da Internacional Progressista, David Adler, avaliou que “a mensagem dos povos do mundo é clara: eles querem ação para interromper o ataque a Gaza — não apenas palavras”.
Em relação ao cortes de comércio de armas, combustíveis e outros itens como forma de pressionar Israel por um cessar-fogo, 41% dos entrevistados na Espanha afirmaram que apoiariam “fortemente”; seguido da Colômbia e África do Sul (33%); Grécia (28%) e Brasil (24%).

Maioria em cinco países defende redução ou fim do comércio de armas para Israel, aponta pesquisa
Ashraf Amra / UNRWA
Já a condenação dos ataques israelenses em Gaza foi superior na Grécia e na Espanha e menor no Brasil e na África do Sul. 61% dos gregos e 60% dos espanhóis se opuseram às ações militares; na Colômbia, o índice chegou a 50%. No Brasil e África do Sul, 30% dos entrevistados se opuseram, enquanto 33% e 20%, respectivamente, apoiaram.
Ao avaliar o resultado da pesquisa a ativista Ana Sanchez, da Campanha Embargo Global de Energia para a Palestina, destacou que “nenhum Estado que afirme ser democrático pode justificar manter laços militares, energéticos ou econômicos com Israel enquanto comete um genocídio na Palestina”.























