Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Os líderes das igrejas cristãs de Jerusalém condenaram, nesta terça-feira (29/07), o ataque de colonos israelenses contra a comunidade palestina de Taybeh, na Cisjordânia ocupada.

Em comunicado conjunto, tanto religiosos católicos quanto ortodoxos gregos expressaram “profunda preocupação” e afirmaram que esse “grave incidente não é um caso isolado”.

“Faz parte de um alarmante esquema de violência dos colonos contra comunidades da Cisjordânia, incluindo suas casas, lugares sagrados e estilos de vida”, disse a nota.

Os líderes cristãos ainda lamentaram as declarações oficiais da polícia israelense, que “reduziram a questão exclusivamente aos danos a propriedades, omitindo o contexto mais amplo de intimidações e abusos sistemáticos”.

Vilarejo de Taybeh abriga cerca de 1,3 mil palestinos, em sua maioria cristãos.
Abraham Sobkowski OFM/Wikicommons

Segundo eles, essas “omissões distorcem a verdade e não enfrentam as violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade religiosa e a proteção do patrimônio cultural”.

As autoridades religiosas também denunciaram o “clima de impunidade que prevalece e põe em risco a coexistência pacífica” na região.

“Isso não apenas ameaça as comunidades cristãs, mas enfraquece também os fundamentos morais e jurídicos que sustentam a paz e a justiça para todos”, ressaltaram.

Por fim, ainda cobraram que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aja com “clareza moral para garantir uma proteção eficaz à população de Taybeh e a todas as comunidades vulneráveis”.

O ataque ocorreu na madrugada da última segunda-feira (28/07), quando colonos israelenses incendiaram carros e picharam muros com frases de ódio em hebraico no vilarejo, que abriga cerca de 1,3 mil palestinos, em sua maioria cristãos.

(*) Com Ansa e informações de Times of Israel