Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Dois palestinos do distrito de Hebron, na Cisjordânia ocupada, foram mortos nesta terça-feira (18/11) por disparos das forças israelenses ao sul de Belém, segundo o Ministério da Saúde. A Autoridade Geral para Assuntos Civis confirmou a morte dos jovens de 18 anos, Imran Ibrahim Imran Al-Atrash e de Waleed Mohammad Khalil Sabarneh.

Na segunda-feira (17/11), a aldeia de al-Jaba, localizada a 10 km (seis milhas) a sudoeste de Belém, foi invadida pelos sionistas, que incendiaram três casas palestinas, um barro e três veículos, disse Dhyab Masha’la, chefe do conselho local, à agência de notícias palestina Wafa. Não houve relatos de vítimas.

Por outro lado, os palestinos residentes da cidade de Sa’ir, a nordeste de Hebron, foram agredidos com cassetetes e objetos cortantes. Segundo a Wafa, as forças israelenses também impediram que bombeiros e ambulâncias chegassem ao local.

A violência na Cisjordânia segue aumentando, com colonos sionistas realizando ataques diários contra palestinos, que envolvem assassinatos, espancamentos e destruição de propriedades, muitas vezes sob a proteção dos militares israelenses. Na semana passada, colonos incendiaram uma mesquita na vila de Deir Istiya, aao norte.

A Comissão de Colonização e Resistência ao Muro da Autoridade Palestina afirma que as forças israelenses e os colonos realizaram 2.350 ataques na Cisjordânia somente no mês passado, em um “ciclo contínuo de terror” que ocorre à sombra da guerra em Gaza.

O ministro da Defesa, Israel Katz, disse no X que o governo “não tolerará as tentativas de um pequeno grupo de anarquistas violentos e criminosos que infringem a lei de fazer justiça com as próprias mãos e difamar a comunidade de colonos”.

Entretanto, sua declaração apoiou a expansão contínua de assentamentos ilegais em terras palestinas. O governo, disse Katz, “continuará a desenvolver e a fomentar o projeto de assentamentos em toda a Judeia e Samaria”.