Itamaraty visitará brasileiros da Flotilha presos em Israel; dois seguem desaparecidos
Equipe da embaixada do Brasil em Tel Aviv prestará assistência médica e jurídica aos ativistas sequestrados; pelo menos 12 estão sob custódia
O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira anunciou nesta quinta-feira (02/10) que uma equipe da embaixada do Brasil em Israel realizará uma visita aos brasileiros sequestrados pelo regime sionista, que estavam nas embarcações da Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) rumo à Faixa de Gaza. A informação foi concedida pelo chanceler durante uma reunião com parlamentares, em Brasília.
Pelo menos 12 brasileiros que integravam a missão humanitária foram detidos, segundo a assessoria do GSF. Entre eles, incluem-se o ativista Thiago Ávila; Mariana Conti, vereadora de Campinas pelo PSOL; Luizianne Lins, deputada federal pelo PT; e Gabi Tolotti, presidente do PSOL no Rio Grande do Sul. João Aguiar e Miguel de Castro permanecem desaparecidos e incomunicáveis desde a noite de quarta-feira (01/10).
A visita está prevista para sexta-feira (03/10), um dia depois do feriado judaico de Yom Kippur, já que a celebração na data paralisa o atendimento consular. De acordo com o Itamaraty, seus representantes devem checar a segurança dos brasileiros detidos, além de prestar assistência médica e jurídica, e acompanhar procedimentos legais.

Imagens do navio Marinette rumo à Faixa de Gaza
Global Sumud Flotilla/X
Mais cedo, o Itamaraty condenou a interceptação da GSF por Israel, expressando “preocupação com a presença de cidadãs e cidadãos brasileiros, incluindo parlamentares”. A frota humanitária pretendia romper o bloqueio marítimo imposto pelo regime sionista no enclave.
“O governo brasileiro deplora a ação militar israelense, que viola direitos e coloca em risco a integridade física de manifestantes em uma ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, afirmou em comunicado.
A interceptação aconteceu na quarta-feira. Após um ataque cibernético e de drones promovido pelas forças israelenses, a Marinha cercou os navios da flotilha e, em seguida, soldados abordaram os ativistas. Em seguida, os integrantes da missão foram levados pelo navio de guerra MSC Johannesburg ao porto de Ashdod, em Israel.























