Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Knesset, o Parlamento israelense, aprovou na segunda-feira (10/11) um projeto de lei controverso que propõe a pena de morte para “terroristas”, uma medida que poderia ser aplicada a palestinos condenados por ataques mortais contra israelenses.

Após a aprovação em primeira leitura, com 39 votos a favor e 16 contra, o Ministro da Segurança Nacional, o direitista Itamar Ben Gvir, cujo partido Poder Judaico promoveu a medida, começou a distribuir baklava entre os presentes até que os doces fossem confiscados.

A distribuição desse doce típico da região às vezes é vista nas ruas palestinas como motivo para comemorar ataques contra Israel, e no território hebraico está associada a esse tipo de celebração, relata o Times of Israel.

O que estabelece a controversa lei?

A emenda estipula que a pena de morte será aplicada àqueles que matarem israelenses por “racismo” e “com o objetivo de prejudicar o Estado de Israel e o renascimento do povo judeu em sua terra”. Isso gerou críticas de que a lei poderia ser usada contra árabes, mas não contra terroristas judeus.

“A lei da pena de morte não é apenas um passo moral e justo, mas também fundamental para a segurança do Estado”, declarou Ben Gvir.

Embora a pena de morte exista formalmente na lei israelense, ela só foi aplicada uma vez, em 1962, no caso do oficial nazista Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto. No entanto, ela é tecnicamente permitida em casos de alta traição e sob certas circunstâncias de lei marcial no âmbito militar.

Espera-se que o projeto de lei aprovado seja enviado a uma comissão para preparação para as duas leituras finais, necessárias para sua aprovação.