Israel viola cessar-fogo com ofensiva que matou 32 palestinos em Gaza
Enquanto tanques israelenses avançam além dos limites acordados, Catar adverte que novas violações podem colapsar totalmente o acordo de trégua
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, Israel matou 32 palestinos, incluindo 12 crianças e 8 mulheres, e feriu outros 88 nas últimas 24 horas. Nesta quinta-feira (20/11) o número total de mortos chegou a cinco, sendo três na área de Bani Suheil e dois em Abasan al-Kabira, ambas a leste de Khan Younis, de acordo com o Hospital Nasser.
Desde as primeiras horas desta manhã, as forças israelenses continuaram suas incursões em Nablus, invadindo vários bairros e danificando as portas de algumas lojas em frente ao Hospital Nacional, na Rua Faisal, informou a agência palestina de notícias, Wafa. A Cidade Velha também foi invadida e foram alvos de disparos de munição real e granadas de efeito moral na área da rotunda.
Além dos bombardeios aéreos, o Exército de Israel isolou a vila de Zububa, a oeste de Jenin, de acordo com Ashraf Maqalda, chefe do conselho da aldeia. Para a Wafa, ele informou que as escavadeiras israelenses bloquearam as principais entradas da aldeia com montes de terra, deixando os moradores surpresos e preocupados com o impacto em seus deslocamentos diários.
As forças israelenses também instalaram um posto de controle na entrada da vila de Ta’anak, obstruindo a circulação de veículos palestinos.

Cortejo fúnebre e de despedida para vários mártires, incluindo crianças, no Hospital Nasser em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza
Wafa
O Ministério das Relações Exteriores do Catar denunciou os ataques de Israel na Faixa de Gaza, que, segundo ele, causaram mortes e feridos, e alertou que ameaçam comprometer o acordo de cessar-fogo. O ministério apelou a esforços regionais e internacionais para preservar a trégua.
Por sua vez, o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza também condenou as novas “violações do cessar-fogo” por parte de Tel Aviv, na sequência dos ataques sionistas de quarta-feira (19/11) que mataram dezenas de pessoas.
Em um comunicado, o gabinete afirmou que as forças e tanques israelenses avançaram na parte leste da Cidade de Gaza, deslocando em cerca de 300 metros (984 pés) os marcadores amarelos que delimitavam a linha amarela atrás da qual deveriam recuar, conforme o cessar-fogo. Sendo uma violação do acordo de trégua, deixando famílias que vivem na área “sitiadas”. “O destino de muitas dessas famílias permanece incerto em meio aos bombardeios que atingiram a região”, acrescentou.
Desde que o acordo de cessar-fogo entrou em vigor em 11 de outubro, pelo menos 312 palestinos foram mortos e outros 760 ficaram feridos, enquanto 572 corpos foram recuperados durante esse período.























