Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Ministério da Defesa de Israel anunciou nesta quarta-feira (29/10) a suspensão das visitas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a prisioneiros palestinos detidos em seu território.

A proibição obedece a uma nova legislação interna de Israel que restringe direitos de visitação a detidos classificados como “combatentes ilegais”. O ministro da pasta, Israel Katz, alegou a suspensão do acesso da Cruz Vermelha como uma medida de segurança.

“As opiniões que me foram apresentadas não deixam dúvidas de que as visitas da Cruz Vermelha a terroristas detidos prejudicariam seriamente a segurança do Estado”, afirmou Katz. “A segurança da nação e dos nossos cidadãos vêm em primeiro lugar”, alegou.

Em comunicado publicado no Telegram, o Hamas afirmou que a decisão “constitui uma violação de um direito fundamental dos nossos prisioneiros, que se soma à série de violações criminais sistemáticas a que são submetidos, incluindo assassinatos, tortura, fome, negligência médica e ocultação de informações”.

O Hamas apelou à comunidade internacional e aos grupos humanitários e de direitos humanos para “que intervenham a fim de pôr fim a estas medidas brutais contra os prisioneiros palestinos que representam uma violação flagrante do direito internacional humanitário e da Terceira Convenção de Genebra”.

Israel suspende visitas da Cruz Vermelha a prisioneiros palestinos
Abasaa / Wikimedia Commons

A organização palestina também pediu para que as entidades e comunidade internacional “trabalhem seriamente” para garantir a libertação dos prisioneiros palestinos, “denunciem as práticas brutais da ocupação e responsabilizem os seus líderes pelos seus crimes sem precedentes contra a humanidade”.

A Cruz Vermelha ainda não se manifestou sobre o anúncio do governo israelense. Neste fim de semana, ataques de Israel na Faixa de Gaza resultaram em mais de 100 mortes, em violação da trégua iniciada em 10 de outubro. O país afirmou ter retomado o cessar-fogo nesta quarta (29/10).