Israel segue com massacre e mata 45 palestinos após concordar com plano de paz em Gaza
Ataques israelenses atingem campo de refugiados e hospitais do enclave; Ministério da Saúde local relata 453 mortes por fome, incluindo 150 crianças
Enquanto o Hamas analisa a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos – que teve endosso de Israel – o Exército sionista seguiu atacando a Faixa de Gaza nesta terça-feira (30/09). De acordo com fontes médicas consultadas pela emissora catari Al Jazeera, desde o amanhecer, ao menos 45 palestinos foram assassinados pelas forças israelenses, incluindo 18 requerentes de ajuda.
Uma das ofensivas aéreas atingiu o campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave, matando pelo menos quatro pessoas. A área estava “lotada” de civis, segundo o veículo.
Por sua vez, o Ministério da Saúde de Gaza informou que o número total de mortes relacionadas à fome subiu para 453 pessoas, incluindo 150 crianças. Ainda segundo a pasta, 175 das mortes por fome, sendo 35 delas crianças, ocorreram depois que o sistema de monitoramento da fome apoiado pelas Nações Unidas (ONU), a Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), declarou oficialmente a Faixa de Gaza uma zona de fome, em agosto.
Desde 7 de outubro de 2023, são mais de 66 mil mortes e quase 169 mil feridos no território palestino. As mortes ocorrem em meio à continuidade das operações militares e severas restrições ao acesso de suprimentos básicos, que intensificam a crise humanitária. A comunidade internacional tem condenado Israel por usar a fome como “arma de guerra”.
Desde 2 de março, o Exército sionista fecha todas as passagens de fronteira com Gaza, impedindo o fluxo de ajuda. Embora tenham sido recentemente autorizadas quantidades limitadas, os recursos continuam a ser insuficientes para suprir as necessidades mínimas da população.

Israel segue matando palestinos após concordar com plano de paz em Gaza
X/Israel Defense Forces
Ataque a hospitais
Em maio à intensificação da ofensiva israelense e evacuação forçada na Cidade de Gaza, o Escritório de Direitos Humanos da ONU informou neste fim de semana que desde 16 de setembro, houve pelo menos 17 ataques israelenses “em ou perto de instalações de saúde” localizados na região.
O órgão detalhou que o hospital al-Quds, o hospital infantil al-Rantisi e o Centro de Saúde de Assistência Médica foram atingidos diretamente, enquanto os ataques também ocorreram nas proximidades do hospital al-Shifa e do hospital al-Ahli.
“Tais ataques estão deixando civis doentes e feridos sem ter a quem recorrer para obter cuidados vitais, já que a escalada de ataques contra civis e infraestrutura civil está levando a inúmeras vítimas”, disse. “Proteção imediata e acesso a cuidados de saúde e assistência humanitária são imperativos.”























