Israel mata seis pessoas em ataque à sede da Defesa Civil, no centro de Gaza
‘O nosso é um serviço emergência, de caráter humanitário, não político’, alegou um dos funcionários sobreviventes
Um ataque aéreo à sede da Defesa Civil do campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, matou o cinegrafista palestino Ahmed al-Louh e cinco funcionários da Defesa Civil, incluindo o chefe desse serviço de emergência.
“O serviço civil de emergência é um serviço humanitário e não político. Trabalhamos em tempos de guerra e de paz para o serviço do povo”, disse à Al Jazeera o funcionário da Defesa Civil Zaki Emadeldeen, enquanto era tratado dos ferimentos no hospital. Segundo ele, a sede da Defesa Civil era claramente o alvo do ataque.
Jornalistas são alvo preferencial
Além do cinegrafista Louh, que usava colete da imprensa e capacete e cobria a guerra desde o começo, outros dois jornalistas foram mortos nas últimas 24 horas em Gaza. O repórter palestino Mohammed Jabr al-Qrinawi, foi morto com a esposa e filhos, em um ataque aéreo no sábado (14/12) à noite que, segundo testemunhas, teve como alvo apenas a sua casa, no campo de refugiados de Nureij.
Jornalistas, assim como pessoal sanitário, são alvos preferenciais das tropas sionistas que mataram 195 desses profissionais na guerra mais letal para a mídia de que se tem notícia.
Também no domingo, ao menos 20 civis, incluindo várias crianças, morreram no bombardeio à escola Ahmed bin Abdul, no sul de Khan Younis. A escola era administrada pela agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), que Israel expulsou do país. Foi a segunda escola bombardeada na franja de Gaza apenas este final de semana.

IRNA/Fotos públicas
Crianças em Gaza morrem por bombas, balas e também por desnutrição
Desnutrição provoca internação de 19 mil crianças
Além das bombas, a fome é outra ameada às crianças em Gaza. A UNRWA alertou nesta segunda-feira (13/12) que a escassez de leite na Faixa de Gaza ameaça a vida de 8500 crianças. Essas crianças dependem da UNRWA para se alimentar e os estoques estão terminando.
A agência publicou no X que restam apenas seis caixas de leite infantil em seus estoques em Gaza.
Relatório da agência, que continua atuando em Gaza apesar de expulsa de Israel e das áreas sob seu controle, mostra que cerca de 19 mil crianças em Gaza já foram hospitalizadas por desnutrição grave apenas nos últimos quatro meses. O número dobra o registrado no início do ano embora muito menos hospitais estejam operativos em Gaza em função dos bombardeios.
Ataques por toda Gaza
Ao menos outros 28 palestinos foram mortos pelo exército israelense no domingo em Gaza. A oeste da cidade de Gaza, um ataque aéreo matou um número desconhecido de pessoas que escoltavam caminhões de ajuda humanitária.
Outras nove pessoas foram mortas nas cidades de Beit Lahiya e Beit Hanoon e no campo de refugiados de Jabalia em bombardeios a vários agrupamentos de casas. Outros dois palestinos foram mortos por tiros de drones em Rafah.
Perto do Hospital Kamal Adwan, atacado repetidas vezes por Israel desde o início da guerra, em Shujayea, diversos ataques mataram e feriram um número não divulgado de palestinos em Shujayea.























