Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O exército de Israel realizou neste sábado (21/09) uma invasão da sucursal do canal catari Al Jazeera na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, território palestino.

A ação foi realizada por soldados israelenses, alguns deles armados, que expulsaram de forma truculenta os jornalistas e outros funcionários da sede da emissora. Testemunhas do episódio afirmam que os militares impuseram um prazo de dez minutos para que todos os trabalhadores do canal deixassem o edifício.

Segundo a própria Al Jazeera, a operação militar foi impulsionada a partir de um decreto do governo israelense que determinou o fechamento da sucursal em Ramallah por 45 dias.

O diretor da sucursal em Ramallah, Walid Al-Omari, acusou os militares israelenses de confiscarem documentos e equipamentos da emissora.

Al Jazeera
Soldado israelense armado durante invasão em sede do canal Al Jazeera em Ramallah

Também segundo o testemunho de Al-Omari, o cinegrafista Jivara Al-Badiri teria sido intimidado por um soldado armado que exigiu a ele interromper uma tentativa de filmar a operação.

Lei anti Al Jazeera

Em abril deste ano, o Parlamento de Israel aprovou uma lei que permite ao Ministro das Comunicações, com o consentimento do primeiro-ministro e do Comitê de Ministros, “interromper a transmissão de canais estrangeiros que divulgam conteúdos que atentem contra a segurança do Estado”.

A medida foi chamada por alguns meios internacionais independentes como “Lei anti Al Jazeera”, e efetivamente foi aplicada, até agora, apenas contra a emissora do Catar.

Em maio passado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decretou o fechamento de todos os escritórios do canal Al Jazeera em Israel. A decisão aplicou a lei aprovada no mês anterior e, segundo o líder sionista, foi tomada durante reunião do gabinete ministerial, e teria tido unanimidade entre os participantes.

 

Com informações de Al Jazeera e TeleSur.