Israel está destruindo Rafah sem avisar para ‘driblar’ reações internacionais, acusa governo palestino
Anúncio foi feito logo após ataque aéreo israelense ter matado ao menos 14 pessoas na cidade no sul de Gaza, durante a madrugada
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina informou, nesta terça-feira (19/03), que Israel já começou a destruir a cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, sem a realização de anúncio e sem a “permissão de ninguém” como uma forma de “driblar as reações internacionais”.
A declaração foi publicada em redes sociais, logo após um ataque aéreo israelense ter atingido duas casas e um apartamento na região durante a madrugada desta mesma terça-feira, provocando a morte de pelo menos 14 pessoas, incluindo mulheres e crianças, segundo a agência palestina de notícias Wafa.
Ministry of Foreign Affairs and Expatriates// #Israel began to destroy Rafah without announcing, to avoid international reactions and without waiting for permission from anyone#Gaza_under_attack#CeasefireNow#Palestine#Israeliwarcrimes pic.twitter.com/FSVTQLwUJ8
— State of Palestine – MFA ???? (@pmofa) March 19, 2024
De acordo com a emissora catari Al Jazeera, o comunicado divulgado pela pasta condena a “escalada de bombardeios e a destruição sistemática das forças israelenses” situadas na cidade. A autoridade palestina acrescenta ainda que, ao realizar os ataques, “Israel está ignorando propositalmente os avisos internacionais sobre os perigos de invadir a cidade”.

Twitter/Palestine Online
Ataque aéreo israelense atinge prédio em Rafah; ofensiva matou ao menos 14 palestinos durante a madrugada
Biden tenta frear invasão israelense a Rafah
A ofensiva israelense desta terça-feira ocorre um dia após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente norte-americano, Joe Biden, terem tido uma conversa telefônica para tratar dos planos operacionais em Rafah.
As frequentes declarações de Tel Aviv que prometem uma operação militar sobre a cidade que abriga 1.5 milhões de palestinos, sendo a maioria deslocada em decorrência dos ataques da própria ocupação israelense, têm sido um ponto de divergência entre as autoridades aliadas.
Na segunda-feira (18/03), a Casa Branca revelou que Biden e Netanyahu entraram em acordo para que Israel envie a Washington uma equipe composta por oficiais militares, funcionários de inteligência e trabalhadores humanitários com o objetivo de “ouvir as preocupações” dos Estados Unidos sobre uma possível invasão à cidade fronteiriça com o Egito.
Ainda de acordo com o organismo norte-americano, o mandatário norte-americano acredita na existência de alternativas para “acabar com a ameaça terrorista de Gaza e não atacar Rafah”.
Outros líderes internacionais também têm tentando convencer Netanyahu a desistir de invadir Rafah, enquanto agências humanitárias temem um agravamento da “situação catastrófica” na região.























