Israel emite ordens militares para evacuação forçada da Cidade de Gaza

Como parte de sua campanha genocida contra a Faixa de Gaza, o exército israelense emitiu ordens militares na terça-feira (09/09) para evacuar imediatamente os moradores da Cidade de Gaza, no norte do território palestino, e seguir para o sul através do Corredor Rashid.

O porta-voz do exército israelense Avichay Adraee ordenou que os moradores da Cidade de Gaza evacuassem completamente às 8h00, horário local (5h00 GMT), em meio à ofensiva militar de Israel para tomar a capital do território palestino desde agosto.

“Para sua segurança, evacue imediatamente pela rodovia Al Rashid para a zona humanitária de Al Mawasi”, acrescentou o oficial militar israelense. Adraee sublinhou que o exército israelita “está determinado a eliminar o Hamas” e que “operará na Cidade de Gaza com grande força, como fez noutras partes do enclave”.

Os militares israelitas anunciaram a sua intenção de lançar operações de “grande escala” na área, uma escalada perigosa que agrava os receios de deslocamento generalizado na Faixa de Gaza.

A medida coincide com o contínuo bombardeio de artilharia em várias áreas da Faixa de Gaza. A artilharia israelense atacou o centro de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, na madrugada de terça-feira.

Israel emite ordens militares para evacuar moradores de Gaza e intensifica bombardeios em várias áreas
WAFA

Em outra ação armada, drones israelenses atacaram casas de civis, enquanto o exército continuou a bombardear áreas residenciais e casas no norte e centro de Gaza, causando destruição generalizada nos bairros visados.

Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 20 estão desaparecidas após ataques aéreos israelenses em Gaza desde o amanhecer de terça-feira.

Cerca de 25 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros de um prédio na Cidade de Gaza, cuja evacuação total foi ordenada pelo exército israelense.

Desde o início da guerra de Israel na Faixa de Gaza, pelo menos 64.522 moradores de Gaza foram mortos em bombardeios israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.