Israel emite novo alerta para população se deslocar à força de Gaza; 54 morrem em bombardeios
Intensificação do cerco militar israelense suspende atuação da Cruz Vermelha no território palestino
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, emitiu um alerta final aos moradores da Cidade de Gaza nesta quarta-feira (01/10), ordenando que se desloquem à força para o sul do território. “Esta é a última oportunidade. Aqueles que permanecerem serão considerados terroristas e apoiadores do terrorismo”, declarou à mídia israelense.
A intensificação do cerco e das operações militares forçou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a suspender temporariamente as atividades em seu escritório na Cidade de Gaza e a transferir sua equipe para o sul, “para garantir a segurança do pessoal e a continuidade operacional”.
Enquanto os socorristas, incluindo a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e a Defesa Civil, trabalham “incansavelmente para fornecer ajuda”, o CICV afirmou que seus deslocamentos e sua capacidade de alcançar a população civil com segurança têm sido “severamente limitados”.
Pelo menos 54 palestinos foram mortos desde o amanhecer de hoje (01) por disparos e bombardeios do exército israelense na Faixa de Gaza, de acordo com fontes médicas ouvidas pela agência palestina Wafa.
Fontes médicas também informaram a morte de duas pessoas, sendo uma criança, em decorrência de desnutrição e fome no enclave, elevando o total de óbitos por essas causas para 455, dos quais 151 eram crianças. Desde que a Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC) declarou situação de fome em Gaza, 177 mortes foram registradas, incluindo 36 crianças.
O número total de mortos desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, atingiu a marca de 66.148, a maioria mulheres e crianças. Pelo menos 168.716 pessoas também ficaram feridas.























