Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Após a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira (18/10) que “não impedirá a assistência humanitária do Egito”. 

O comunicado afirma que a decisão decorre do pedido de Biden e será permitida desde que seja “apenas comida, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza”. Israel ainda apontou que esses suprimentos não devem chegar ao grupo palestino Hamas. 

Apesar de ceder espaço à ajuda humanitária vinda do Egito, o governo de Tel Aviv insistiu que “não permitirá qualquer assistência humanitária do seu território para a Faixa de Gaza” enquanto os cidadãos civis israelenses sequestrados pelo Hamas “não forem devolvidos”. 

A exigência da troca de cativos por suprimentos básicos em Gaza é discutida desde a primeira semana de guerra, tendo a Cruz Vermelha como mediadora da situação. 

Após visita de Biden a Tel Aviv, gabinete de Netanyahu permitiu que Egito envie água e alimentos ao sul de Gaza; ajuda pelo território israelense ainda está impedida

Twitter/MFA Palestine

Exigência da troca de cativos por suprimentos básicos em Gaza é discutida desde a primeira semana de guerra

No comunicado, Israel também exigiu que a organização de direitos humanos faça uma visita aos civis sequestrados, lembrando que ela está “mobilizando um amplo apoio internacional para esta exigência”. 

Em 9 de outubro, Israel impôs um “cerco total” a Gaza, impedindo que água, alimentos, combustível e eletricidade fossem acessados pelos mais de dois milhões de palestinos na região. Segundo o Ministério da Energias israelense, o acesso seria reestabelecido apenas quando os civis israelenses fossem libertados. 

Incerteza sobre chegada de ajuda humanitária

Segundo declarações da diretora-geral do Crescente Vermelho (Cruz Vermelha) na Palestina, Marwan Jilani, a Al Jazeera, “ninguém sabe se a tão necessária assistência humanitária chegará realmente à Faixa de Gaza”. 

A representante adiantou que há preparativos para a entrega de suprimentos “assim que a passagem da fronteira” for aberta, em especial para os pacientes em hospitais e a população em geral. 

No entanto, Jilani afirmou que possuir os suprimentos ou organizar o envio da ajuda não é necessariamente o problema face às decisões de Israel em continuar impedindo ajuda. 

“Como ouvimos do próprio ministro da defesa [israelense, Yoav Galant], é na verdade uma punição coletiva e consiste em fazer as pessoas em Gaza passarem fome”, falou a diretora ao jornal catari.