Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Exército de Israel declarou neste sábado (13/09) ter atingido por meio de um ataque aéreo um arranha-céu na Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave, alegando que a estrutura estava sendo usada pelo Hamas. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), porém, não forneceram nenhuma evidência para corroborar essas alegações. O número oficial de mortos ou feridos segue em apuração.

Momentos antes, Israel alertou que suas tropas estariam “aumentando o ritmo dos ataques” na região e emitiu mais ameaças contra os palestinos. Em uma publicação na plataforma X, o Exército afirmou que, de um milhão de civis que residem na Cidade de Gaza, mais de 250 mil civis já foram evacuados em fuga aos ataques. Exigiu ainda que os restantes se dirigissem em direção a al-Mawasi, em Rafah, no sul, ou outros campos no centro do enclave.

De acordo com a emissora catari Al Jazeera, mesmo com o alerta israelense, muitos palestinos decidiram permanecer no local, ou voltaram depois de procurar abrigo em outra área, “porque muitas das zonas de evacuação designadas por Israel estão desesperadamente superlotadas e com poucos recursos, incluindo a falta de acesso à água”. Ainda segundo o veículo, algumas pessoas “estão ficando nas ruas”, enquanto “não sabem o que fazer”.

Antes da invasão da Cidade de Gaza, Israel já havia promovido uma deslocação em massa de palestinos, que acabaram indo para o sul do enclave, como Rafah e Khan Younis. É por esse motivo que as áreas recomendadas pelo Exército israelense já estão superlotadas. Os palestinos que se dirigiram da região norte à Cidade de Gaza não estão encontrando um lugar onde possam montar uma barraca.

Neste sábado, o Ministério da Saúde de Gaza registra que o número total de mortos pela agressão israelense subiu para 64.803, com 164.264 pessoas feridas. Já o número de pessoas mortas desde que Israel violou o cessar-fogo em março é de 12.253, enquanto outras 52.223 pessoas ficaram feridas.