Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As forças de ocupação israelenses invadiram várias flotilhas humanitárias nesta quarta-feira (08/10), tentando chegar à Faixa de Gaza sitiada, como parte da campanha em andamento da Flotilha Global Sumud (GSF), organizada pela Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC) e Mil Madleens para Gaza (TMTG).

O último ataque ocorreu a aproximadamente 120 milhas náuticas (220 km) de Gaza, com embarcações civis transportando médicos, jornalistas, autoridades eleitas e ajuda vital, incluindo medicamentos, equipamentos respiratórios e suprimentos nutricionais no valor de mais de US$ 110.000.

Os ativistas da flotilha relataram que nove barcos foram sequestrados em uma hora: Abd Elkarim Eid, Alaa Al-Najar, Anas Al-Sharif, Conscience, Gaza Sunbird, Leila Khaled, Milad, Soul of My Soul e Um Saad.

O navio Conscience foi o último a ser invadido pelas forças de ocupação israelenses após se desviar do restante do comboio em direção à costa egípcia. Vale ressaltar que todos os barcos foram alvo de ataques ilegais em águas internacionais.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que a viagem da flotilha de ajuda foi “outra tentativa fútil de violar o bloqueio naval legal e entrar em uma zona de combate”, afirmando nas redes sociais que “os navios e os passageiros foram transferidos para um porto israelense”.

A declaração ocorreu após o sequestro, na semana passada, de mais de 40 embarcações que formavam a GSF, a maior flotilha a desafiar o bloqueio israelense de Gaza, que incluía 479 ativistas do mundo todo.

Organizadores da flotilha condenam Israel

A FFC e a TMTG condenaram os ataques como uma violação do direito internacional. “Israel não tem autoridade legal para deter voluntários internacionais a bordo desses navios”, disse David Heap, do Canadian Boat to Gaza e do Comitê Diretor da FFC.

“Esta apreensão viola flagrantemente o direito internacional e desafia as ordens vinculativas da CIJ que exigem acesso irrestrito da humanidade a Gaza. A detenção é arbitrária, ilegal e deve terminar imediatamente”, acrescentou.

A coalizão destacou que os ataques ocorrem após a apreensão e detenção ilegais do GSF, Handala e Madleen, bem como um ataque anterior de drones israelenses ao navio Conscience em águas europeias, que o danificou.

“Esses ataques repetidos contra civis desarmados demonstram a escalada deliberada de Israel e o fracasso total dos governos em aplicar o direito internacional”, disse o comunicado.