Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo do Irã avaliou nesta segunda-feira (05/08) que a alternativa para impedir a instabilidade no Oriente Médio é retaliando Israel com um ataque de maior proporção. Além disso, repudiou a comunidade internacional ao argumentar que, no decorrer dos meses, fracassou em seu dever de salvaguardar a paz na região.

“O Irã busca estabelecer a estabilidade na região, mas isso só virá com a punição do agressor e a criação de dissuasão contra o aventureirismo do regime sionista”, afirmou Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano.

As tensões entre Teerã e Tel Aviv crescem após os assassinatos ocorridos na semana passada, incluindo do chefe militar do Hezbollah – grupo apoiado por Irã -, Fuad Shukr, em Beirute, e da autoridade máxima e líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Segundo o jornal The Times of Israel, o principal comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, também reiterou nesta segunda-feira que Israel “receberá punição no seu devido tempo”. Durante uma coletiva de imprensa, ele alertou que a autoridade israelense estava “cavando sua própria sepultura” com suas ações.

“Quando eles recebem um golpe, percebem que estão cometendo erros. Eles estão cometendo erros o tempo todo”, disse Salami. “Eles verão o resultado de seu erro. Eles verão quando, como e onde obterão sua resposta […] Israel é o berço do terrorismo e foi criado a partir de assassinatos”.

Twitter/IDF
General do Comando Central dos Estados Unidos, Michael Erik Kurilla, desembarcou em Israel a convite do chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, para discutir tensões no Oriente Médio

Em meio às declarações, o Hezbollah confirmou ter lançado um ataque de drones no norte de Israel que, segundo os militares israelenses, feriu dois de seus soldados. 

De acordo com o grupo aliado ao Hamas, a ofensiva foi direcionada a uma base militar inimiga em resposta aos “ataques e assassinatos” liderados por Tel Aviv em várias aldeias no sul do Líbano. 

Em rede social, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), afirmaram que o general Michael Erik Kurilla, do Comando Central dos Estados Unidos, desembarcou em Israel a convite do chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, para discutir as “questões estratégicas e de segurança, bem como preparativos conjuntos na região, como parte da resposta às ameaças no Oriente Médio.

EUA em alerta

A Casa Branca relatou que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve reunir sua equipe de segurança nacional ainda nesta segunda-feira para discutir uma possível ofensiva iraniana contra Israel. No entanto, segundo o jornal The Wall Street Journal, o governo do Irã rejeita as interferências norte-americanas e das nações árabes sobre suas decisões, ao garantir um contra-ataque a Israel mesmo se a “resposta desencadeasse uma guerra”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também alertou os países que compõem o G7 da situação no Oriente Médio. Segundo a informação do site norte-americano Axios, que cita “três fontes informadas sobre a ligação”, Blinken pediu uma reunião por videoconferência com o grupo para tentar organizar uma pressão de última hora sobre Irã e Hezbollah, de modo a minimizar a retaliação “o máximo possível”.

(*) Com Ansa