Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Holanda proibiu na noite de segunda-feira (28/07) a entrada dos ministros israelenses da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, ao classificar ambos os políticos de extrema direita de “persona non grata” por apoiar a expansão de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, além de incentivar a limpeza étnica em Gaza.

Atualmente, os dois ministros são alvos de sanções financeiras pelo Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega. A dupla também foi proibida de entrar na Eslovênia, o primeiro país-membro da União Europeia que tomou tal decisão. Agora, a Holanda se torna o segundo do bloco europeu a impor medidas restritivas contra o regime sionista. 

“Eles incitaram repetidamente a violência dos colonos, apoiaram a expansão de assentamentos ilegais e evocaram a limpeza étnica em Gaza”, disse o chanceler holandês Caspar Veldkamp.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda também se comprometeu a registrar Ben-Gvir e Smotrich como “estrangeiros indesejados no sistema Schengen”, área de livre circulação na Europa. Acrescentou ainda que vai convocar o embaixador israelense na Holanda para denunciar a situação “insuportável e indefensável” em Gaza e exigir que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “mude de rota”.

Ministros israelenses da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, são “persona non grata” na Holanda
Kobi Wolf/Getty Images

De acordo com o premiê holandês Dick Schoof, o governo também está “considerando tomar medidas nacionais” contra Israel. Além disso, o país afirmou estar preparado para apoiar a retirada de Tel Aviv do programa de pesquisa Horizon da UE, de investimento em tecnologia, caso Bruxelas determine que o regime sionista está obstruindo o acesso de ajuda humanitária a Gaza.

Em resposta aos anúncios, Smotrich acusou a Holanda de ceder “às mentiras do Islã radical”. Nesta terça-feira (29/07), ainda voltou a dar declarações defendendo a anexação ilegal de Gaza e da Cisjordânia ocupada, alegando ser “parte inseparável da terra de Israel”. Já Ben-Gvir prometeu manter sua postura mesmo que seja “banido em toda a Europa”.

(*) Com Ansa