Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Durante um jantar em Washington com funcionários de seu gabinete e da Casa Branca, na noite de terça-feira (09/10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi confrontado por manifestantes pró-Palestina que o chamaram de “Hitler”. Os vídeos que registram o momento circularam amplamente nas redes sociais até a manhã desta quarta-feira (10/09).

“Washington livre! Palestina livre! Trump é o Hitler da nossa geração!”, repetem os ativistas no restaurante Joe’s Seafood, a poucos quarteirões da Casa Branca.

As imagens captadas mostram o republicano se aproximando dos manifestantes no local, parando a poucos metros deles, balançando a cabeça e sorrindo, sem oferecer uma resposta. No local, podem ser vistos autoridades como o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, o secretário de Defesa Pete Hegseth, o vice-chefe de gabinete Stephen Miller, e o vice-presidente JD Vance.

Momentos depois, Trump faz uma careta e gesticula para que retirem os manifestantes da área. Em seguida, agentes do Serviço Secreto dos EUA fazem a evacuação.

Enquanto uma das ativistas é retirada, ela grita: “Ele está aterrorizando comunidades em Washington, ele está aterrorizando Gaza e comunidades de todo o mundo! Desde Porto Rico até as Filipinas. Washington livre, Palestina livre! Trump é o Hitler da nossa geração!”

A porta-voz presidencial Karoline Leavitt relatou que Trump “e sua equipe desfrutaram de caranguejo, camarão, salada, bife e sobremesa”.

 

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Por que Trump foi jantar fora?

O jantar público de terça-feira foi uma tentativa do presidente norte-americano de mostrar como suas medidas de repressão mobilizando milhares de soldados da Guarda Nacional em Washington tornou a capital “mais segura”, de forma que pessoas se sintam à vontade para comer fora. 

“Quatro meses atrás, eu certamente não teria feito isso. Esta era uma das cidades mais inseguras do país. Agora é tão seguro quanto no país”, disse Trump, cercado pelo Serviço Secreto, a repórteres que o acompanhavam nas passagens pelos restaurantes Joe’s Seafood, Prime Steak e Stone Crab.

“Os restaurantes agora estão crescendo. As pessoas estão saindo para jantar onde não saíam há anos, e é uma cidade segura. E eu só quero agradecer à Guarda Nacional. Adoramos trabalhar com o prefeito e o chefe, e todos trabalhamos juntos, e o resultado é realmente espetacular”, acrescentou.

Trump passou semanas elogiando o que avaliou como redução de crime em Washington, sustentando que isso se deve a medidas como o envio de tropas da Guarda Nacional, a federalização do Departamento de Polícia Metropolitana e a aplicação da lei federal nas ruas da cidade, embora pesquisas locais tenham indicado que saídas em restaurantes diminuíram semanas após o início da operação.