Hamas rejeita trégua de curto prazo em Gaza: ‘apoiamos fim permanente da guerra’
À AFP, dirigente do grupo palestino declarou que pausa temporária apenas abre caminho para ‘retomar a agressão mais tarde’
Um dirigente do Hamas afirmou nesta quinta-feira (31/10) que o grupo palestino rejeita a proposta de uma trégua de curto prazo na guerra deflagrada por Israel na Faixa de Gaza.
“A ideia de uma pausa temporária na guerra, apenas para retomar a agressão mais tarde, é algo sobre o qual já expressamos a nossa posição. O Hamas apoia um fim permanente da guerra, não temporário”, afirmou Taher al-Nunu, um importante líder do movimento, à AFP.
A declaração é dada no momento em que os mediadores do conflito preparam uma proposta de trégua de “menos de um mês” para apresentar ao Hamas.
De acordo com relatos, citados pela agência francesa, a iniciativa também prevê a troca de reféns israelenses sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos e um aumento da ajuda humanitária.

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Com o Líbano, Israel quer cessar-fogo que ainda permita ataques aéreos na fronteira
“As autoridades dos EUA acreditam que, se um acordo de curto prazo puder ser alcançado, isso pode levar a um entendimento mais permanente”, acrescentou a fonte.
As declarações são dadas um dia após o novo líder do grupo Hezbollah, Naim Qassem, anunciar estar aberto a um cessar-fogo no Líbano, mas sob certas condições. Apesar da abertura para negociações de uma trégua, chegar a um acordo pode levar semanas ou meses.
Enquanto mediares tentam emplacar um acordo de cessar-fogo no enclave palestino, no âmbito civil, um movimento de estudantes do Movimento Internacional de Juventudes (MOV) lançou uma campanha de greve de fome, em alerta à situação precária em relação à falta de alimentos em Gaza.
? الحراك الشبابي العالمي الحر يعلن عن بدء الإضراب عن الطعام ابتداءًا من 1/11/2024، مطالبًا كسر الحصار وإدخال المساعدات بشكل عاجل لقطاع غزة#إضراب_عن_الطعام_لأجل_غزة
و أضيف صوتي لهم و أنا معكم لأن يتم إزالة الحصار و إدخال المساعدات pic.twitter.com/as5CsjEjuj
— القسـ?امية (@messahod) October 30, 2024
Denominada “Apoio a Gaza”, a campanha com início na próxima sexta-feira (01/11) visa o fim do cerco israelense ao enclave e do deslocamento forçado dos civis. Os jovens também exigem que ajuda humanitária seja levada ao norte da faixa, que está sob ataques incessantes de Israel há semanas.
Segundo o jornal israelense Haaretz, um projeto de cessar-fogo entre Israel e o Líbano, apoiado pelos Estados Unidos, também foi apresentado ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como parte das negociações para um acordo permanente.
O tratado prevê um mandato que permitiria a Israel realizar ataques aéreos ao longo da fronteira entre os dois países, em território libanês, para combater qualquer ameaça representada pelo Hezbollah ou outros grupos.
De acordo com a emissora Al Jazeera, a violência de Tel Aviv matou 41 palestinos e feriu 131 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 43.204 vítimas fatais e 101.641 feridas desde 7 de outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Já no Líbano, pelo menos 2.822 pessoas foram mortas e 12.937 feridas pelos ataques de Tel Aviv.
(*) Com Ansa























