Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O grupo Palestine Action Group (Grupo de Ação Palestina) contestou uma decisão da polícia de Nova Gales do Sul que bloqueou a passagem de uma manifestação contra o genocídio em Gaza. A organização realiza atos semanais na Austrália em solidariedade aos palestinos.

No entanto, o grupo alterou o local dos atos, apontando que, neste caso, será de Hyde Park a Ópera de Sydney. A manifestação está marcada para 12 de outubro, que marca os dois anos de massacre do Estado de Israel no enclave palestino. 

Segundo a organização, há uma expectativa de que cerca de 10 mil pessoas compareçam ao ato e, por isso, o pedido de troca de rota, para que o caminho comporte todos os presentes. A porta-voz do Grupo de Ação Palestina, Amal Naser, defendeu o direito da manifestação, afirmando que a reunião é “protegida pelo direito internacional e nacional”. “Temos o direito de marchar e continuaremos lutando pela Palestina”, disse.

A recusa da polícia de Novas Gales é em relação, de acordo com as autoridades locais, sobre uma possível invulnerabilidade por conta da aglomeração de pessoas. Segundo Peter McKenna, comissário assistente da polícia, o órgão não é contra protestos, afirmando tratar-se de segurança pública. 

A polícia alegou ainda que precisou aumentar protocolos de segurança após ameaças de terroristas na Austrália. Por conta disso, de acordo com as autoridades, foi necessário inspecionar roupas e objetos dos manifestantes.

Grupo de Ação Palestina) realiza anualmente a manifestação contra os dois anos de guerra em Gaza, na Austrália, o percurso até o ano anterior era realizado até a Ópera de Sydney
palestineactiongroup

A polícia de Nova Gales pede que toda manifestação preencha uma petição apontando qual a rota dos atos e uma média esperada de manifestantes. Esse documento é enviado com antecedência aos órgãos de segurança pública, descrevendo as ruas que os manifestantes irão passar, garantindo a proteção durante o processo.

O grupo de Ação Palestina afirmou ter entregue o requerimento à polícia. E, após a recusa policial, os organizadores pretendem rebater a decisão. Agora, a decisão caberá à Suprema Corte local. 

O juiz Desmond Fagan solicitou que ambas as partes entrassem em um consenso para que a polícia proteja o protesto. O magistrado disse que as preocupações impostas pela polícia sobre a segurança pública são consideradas lícitas, e ainda afirmou que o órgão deve considerar a “intensidade de seus sentimentos” sobre o protesto.

Para Fagan, o número apresentado pela organização pode ultrapassar, já que, segundo ele, a “comunidade está altamente inflamada com o que está acontecendo em Gaza”.

Em julho, o coletivo realizou uma manifestação confrontando a Suprema Corte, na tentativa de percorrer no protesto a Ponte da Baía de Sydney, na Austrália. O movimento venceu o confronto e conseguiu movimentar a participação de mais de 300.000 pessoas.