'Foi um drone com bomba', afirma ativista sobre ataque à Flotilha
Miguel Duarte contesta versão da Guarda Nacional tunisiana de que incêndio começou com um isqueiro; relatora da ONU classifica agressão como 'ataque à soberania' da Tunísia
A Flotilha Global Sumud (GSF), com destino a Gaza, informou que um drone atingiu sua embarcação principal no porto tunisino de Sidi Bou Said na noite de segunda-feira (08/09). “Deixe-me ser claro: há 100% de certeza de que foi um drone que lançou um artefato explosivo no convés dianteiro do nosso navio”, declarou o ativista Miguel Duarte, que presenciou a explosão. A afirmação contradiz a versão da Guarda Nacional Tunisiana, que sugeriu ter o incêndio sido causado por uma ponta de cigarro ou por um isqueiro.
“Vi claramente um drone a cerca de quatro metros acima da minha cabeça. Ele parou perto de nós e, em seguida, moveu-se lentamente para a proa do navio, onde lançou o que era claramente uma bomba sobre uma pilha de coletes salva-vidas, o que provocou uma grande explosão”, explicou Duarte em um vídeo divulgado nas redes sociais.
De acordo com a GSF, o incidente ocorreu no Family Boat – que navega sob bandeira portuguesa e transporta membros da comissão diretiva do grupo – às 23h45 de segunda-feira. Havia seis pessoas a bordo no momento do ataque, e parte dos passageiros conseguiu apagar o fogo rapidamente. Todos os tripulantes estão em segurança, conforme informado em comunicado. O incêndio causou danos ao convés principal e ao compartimento de armazenamento inferior.
“Se for confirmado que o incidente foi causado por um drone, tratar-se-á de um ataque contra a soberania da Tunísia. Não podemos continuar a tolerar e normalizar este tipo de ação”, declarou Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, que se deslocou até ao porto.
A assessoria do Global Movement to Gaza informou que apoiadores da causa palestina se reuniram espontaneamente em solidariedade aos integrantes da flotilha.























