Flotilha sofre segundo ataque com drones na costa da Tunísia
Ação teve como alvo o barco Alma, que também faz parte da frota que se dirige a Gaza, e não produziu feridos; agressão no dia anterior atingiu outro barco, o Família, onde estão Thiago Ávila e Greta Thunberg
A Global Sumud Flotilla (GSF), organização que administra a Flotilha da Liberdade, publicou um comunicado nesta quarta-feira informando que a frota que se dirige à Faixa de Gaza tentando levar ajuda humanitária à população palestina sofreu um novo ataque com drones, por volta das 19h desta terça-feira (09/09), segundo a hora de Brasília (já madrugada de 10/09, pelo horário tunisiano.
O ataque atingiu o barco Alma quando este se encontrava atracado na costa da Tunísia. Segundo o comunicado, a embarcação de bandeira britânica sofreu danos causados por fogo no convés superior.
A GSF informou que o ataque não deixou feridos, mas causou um incêndio que foi extinto. Os responsáveis pela embarcação fizeram uma denúncia formal às autoridades da Tunísia e aguardam a investigação do caso.
Agressão anterior
Este é o segundo ataque deste tipo contra barcos da Flotilha em dois dias. Na noite anterior, o barco Família – embarcação na qual viajam o brasileiro Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg – também foi alvo de um ataque com drones.

Barcos da Flotilha da Liberdade tentam levar ajuda humanitária à população palestina da Faixa de Gaza
Mauricio Morales / Al Jazeera
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ativista Miguel Duarte, que também estava no Família quando aconteceu o primeiro ataque, fez o seguinte relato: “vi claramente um drone a cerca de quatro metros acima da minha cabeça. Ele parou perto de nós e, em seguida, moveu-se lentamente para a proa do navio, onde lançou o que era claramente uma bomba sobre uma pilha de coletes salva-vidas, o que provocou uma grande explosão”.
Na nota publicada após o segundo ataque, a GSF ressaltou que “estes ataques repetidos ocorrem durante a intensificação da investida israelense contra os palestinos em Gaza e são uma tentativa orquestrada de distrair e sabotar nossa missão”.
“A GSF continua inabalável. Nossa viagem pacífica para quebrar o cerco ilegal de Israel a Gaza e manter nossa solidariedade incondicional com seu povo segue em frente com determinação e firmeza”, afirmou a organização.























