Nova Flotilha da Liberdade parte de Barcelona rumo a Gaza; brasileiros integram missão

Do porto da cidade espanhola de Barcelona e da localidade italiana de Gênova zarpará neste domingo (31/08) a missão internacional Global Sumud Flotilla, a maior frota civil organizada até agora, com destino à Faixa de Gaza para romper simbolicamente o bloqueio mantido por Israel contra aquele território palestino e tornar visíveis as consequências do genocídio e da limpeza étnica ali cometidos pela entidade sionista, com 63.459 civis mortos e 160.256 feridos desde outubro de 2023.

Nessa nova missão, mais de 20 brasileiros estarão presentes, sendo 13 integrando a embarcação. Além do Thiago Ávila, organizador internacional da flotilha e de missões anteriores no Mediterrâneo, como a do navio Madleen; Bruno Rocha, do Sindicato dos Trabalhadores da USP e também porta-voz da delegação brasileira; João Aguiar, do Movimento Global para Gaza e do Núcleo Palestina do PT de São Paulo; Mohamad El Kadri, coordenador do Fórum Latino Palestino, Mariana Conti, vereadora em Campinas (PSOL/SP); e Victor Peixoto, conhecido como Mansur Peixoto comunicador popular, são alguns dos que integram esta flotilha.

A frota, composta por cerca de 50 embarcações provenientes de toda a Europa, partirá em diferentes etapas: neste domingo de Barcelona e Gênova e no dia 4 de setembro da Tunísia, Grécia e Sicília.

Todos se encontrarão em águas internacionais, de onde seguirão rota até a Faixa de Gaza com a participação de centenas de ativistas e voluntários de mais de 44 países, unidos sob uma única bandeira para denunciar o cerco imposto por Israel e defender os direitos do povo palestino.

A flotilha será carregada com suprimentos médicos, alimentos e materiais educativos, e acompanhada por figuras públicas como a atriz americana Susan Sarandon, a ex-prefeita de Barcelona, ​​Ada Colau, e a ativista climática sueca Greta Thunberg, que decidiram se juntar para conscientizar sobre a causa.

A maior frota civil já reunida está a caminho de Gaza para romper simbolicamente o bloqueio israelense à Faixa de Gaza
@GlobalSumudF

Embora os organizadores estejam cientes de que podem ser bloqueados pela ocupação israelense antes de chegar ao seu destino, eles insistem que o objetivo vai além da logística: é uma ação simbólica e política de alcance global.

Horas atrás, Thunberg criticou a comunidade internacional por não conseguir pôr fim ao genocídio em Gaza e afirmou que a verdadeira justiça não pode ser alcançada enquanto a situação dos palestinos for ignorada.

Se você se importa com um planeta habitável, também deveria se importar com os humanos. “Não sou uma ativista climática porque quero salvar árvores ou sapos”, enfatizou a ativista climática, explicando que sua defesa dos direitos palestinos se baseia em sua condição humana, seu bom senso e seus valores básicos.

“Não podemos fingir que nos importamos com a crise climática enquanto ignoramos o sofrimento e a opressão das pessoas”, disse a jovem, que também participou da flotilha de veleiros Madleen, que foi interceptada em 9 de junho pela ocupação em águas internacionais, após o que Thunberg e outros ativistas foram sequestrados e levados para prisões nos territórios palestinos ocupados.

(*) Com teleSUR