Exportações de armas britânicas para Israel atingem recorde em 2025
Apesar da 'suspensão parcial', dados alfandegários da Autoridade Tributária israelense mostram que Reino Unido exportou mais de R$ 2,9 milhões em munições apenas em junho
Apesar da suspensão parcial anunciada no ano passado e o recente reconhecimento do Estado palestino, novos dados alfandegários da Autoridade Tributária de Israel revelaram no início desta semana que o governo do Reino Unido realizou a maior exportação de armas para o regime sionista em 2025, de acordo com uma apuração da rede de televisão britânica Channel 4.
Apenas em junho, Tel Aviv importou £ 408.000 (mais de R$ 2,9 milhões, na cotação atual) em armas do país, sendo o maior total mensal desde que os registros alfandegários começaram, em janeiro de 2022. Em seguida, setembro foi o segundo mês com o maior valor registrado, com mais de £ 310.000 (mais de R$ 2,2 milhões).
Nos primeiros nove meses deste ano, o Reino Unido exportou quase £ 1 milhão (mais de R$ 7,1 milhões) em munições ao regime sionista, sendo este montante mais que o dobro do valor em qualquer um dos três anos anteriores.
A natureza dos itens não foi especificada pelos dados da Autoridade Tributária israelense, diz o Channel 4, mas foram listados em uma categoria que inclui recursos como bombas, granadas, torpedos, mísseis e munições.
Conforme a apuração, a nação liderada pelo primeiro-ministro Keir Starmer ainda mantém ativas centenas de licenças de exportação de equipamentos militares, mesmo com o aumento dos pedidos de um embargo total devido à continuidade do genocídio televisionado na Faixa de Gaza, que na terça-feira (07/10) chegou ao seu segundo ano.

Reino Unido mantém ativas centenas de licenças de exportação de armas para Israel
X/Israel Defense Forces
Licenças ativas
De 7 de outubro de 2023 a maio de 2024, o Reino Unido aprovou 108 licenças para bens militares e controlados para Israel. Em setembro de 2024, o secretário de Relações Exteriores, David Lammy, anunciou a suspensão de 29 licenças, justificando a possibilidade do uso israelense “em graves violações do Direito Internacional Humanitário”. Na época, o governo britânico disse que estava bloqueando especificamente a venda de “itens usados no atual conflito em Gaza que vão para as IDF [Forças de Defesa de Israel]”.
No entanto, a suspensão excluiu certas categorias, mantendo os componentes associados, por exemplo, aos aviões de combate F-35. Segundo o Channel 4, em julho deste ano, o governo britânico mantinha ativas cerca de 347 licenças para exportar armas ao regime sionista, das quais 167 listadas como “militares”.























