Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O brasileiro Ariel Lubliner, de 34 anos, que fazia parte do Exército de Israel, foi morto neste sábado (30/08) em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ao ser atingido por um colega de sua própria equipe, conforme uma apuração preliminar realizada pelas próprias forças israelenses mencionada pelo jornal The Times of Israel

“As circunstâncias de sua morte estão sendo investigadas como suspeita de incidente de fogo amigo. Uma investigação preliminar das IDF [Forças de Defesa de Israel, em português] indicou que ele foi morto por uma bala disparada acidentalmente por outro soldado”, escreveu o veículo.

Por sua vez, o jornal israelense Haaretz detalhou que um soldado estacionado em um posto de guarda teria apontado a arma para um comboio logístico no qual estava Lubliner, e então uma bala teria sido disparada acidentalmente. O caso segue sendo investigado.

A morte ocorreu em meio à intensificação das operações militares do regime sionista no território palestino, sobretudo na Cidade de Gaza, no centro do enclave, onde foi declarada pelo Exército como uma “zona de combate perigosa” na última sexta-feira (29/08). Inicialmente, o assassinato de Lubliner foi relatado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, por meio da plataforma X. Em seguida, a Federação Israelita de SP também confirmou a informação.

Segundo Katz, o brasileiro, que era casado e tinha uma criança de nove meses, havia migrado ao país para atuar na reserva do Exército israelense, onde acabou integrando o Grupo Logístico 6036. Ele foi convocado em 7 de outubro de 2023, quando o governo de Benjamin Netanyahu passou a intensificar seu genocídio contra o povo palestino em Gaza.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não se pronunciou a respeito da morte de Lubliner. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vive uma crise diplomática com Israel desde 2024, e a situação foi agravada recentemente, quando o país se retirou da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) e quando o Itamaraty ignorou o pedido israelense de nomear Gali Dagan como embaixador no Brasil para substituir Daniel Zonshine, aposentado do cargo.

Segundo o assessor presidencial Celso Amorim, a reação decorreu da humilhação sofrida pelo embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, no ano passado, que foi chamado pelo governo de Benjamin Netanyahu para dar explicações sobre declaração do presidente Lula comparando o genocídio em Gaza ao Holocausto.