Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As novas embarcações que têm como destino final a Faixa de Gaza saíram na tarde desta quinta-feira (04/09) da ilha espanhola de Menorca, após uma parada técnica, em direção à Tunísia, onde se prevê juntar a outras dezenas de navios, conforme as informações concedidas por Bruno Gilga, porta-voz da delegação do Brasil na Global Sumud Flotilha, a Opera Mundi. Segundo um comunicado oficial da missão, atualmente são mais de 50 países que navegam juntos, incluindo 15 brasileiros, para romper o cerco ilegal de Israel.

De acordo com o representante, a expectativa é de que, depois de chegar na Tunísia no domingo (07/09), as embarcações avancem para se juntar com as da Itália e de outros portos do Mediterrâneo “carregando a ajuda humanitária e o apoio de milhões de pessoas ao redor do mundo”. A data de chegada ao enclave palestino, contudo, mantém-se incerto devido à “imprevisibilidade sobre as condições de navegação durante toda jornada”. 

“Está muito claro que terrorista é o Estado ilegítimo de Israel. É assim que a gente está vendo essas movimentações do Estado de Israel: não só contra a flotilha, mas, em primeiro lugar, contra o povo palestino. E isso aumenta o nosso senso de urgência de avançar com a nossa missão de mobilizar o máximo possível de pessoas”, afirmou Gilga. 

O porta-voz revelou que, durante a reunião matinal desta quinta-feira, discutiu-se os números recentes apresentados pelo Ministério da Saúde de Gaza. A pasta registrou 113 mortes decorrentes de ataques israelenses nas últimas 24 horas. Além disso, debateu-se à respeito do relatório publicado pelas Nações Unidas (ONU) no dia anterior, que apontou que mais de 21 mil crianças que estão com deficiência física devido ao genocídio de Israel. 

“A Global Sumud de Flotilha nos chama. É uma missão humanitária não violenta, que está carregando ajuda humanitária contra o terrorismo e terroristas”, disse. 

Gilga também agradeceu as manifestações que acontecem em apoio à missão, destacando que os estivadores italianos de Génova também garantiram que “se [israelenses] tocam a flotilha ou se perdem o contato nem que seja por 20 minutos” suspenderiam as atividades dos portos da Itália e do Mediterrâneo, além do comércio regional e, sobretudo, o envio de provimentos para Israel.

“As manifestações que se programam em todos os países durante os dias da nossa missão, tudo isso expressa a força do apoio da classe trabalhadora internacional, dos povos oprimidos ao povo da Palestina, e é esse apoio que nos empurra pelo Mediterrâneo”, declarou.

Novas embarcações rumo a Gaza partem da ilha espanhola de Menarca para a Tunísia nesta quinta-feira (04/09)
X/Global Sumud Flotilla

Mais cedo, a Global Sumud Flotilla informou por meio de comunicado que é esperado um “aumento da guerra burocrática e intimidação psicológica” com a chegada do presidente israelense, Isaac Herzog, em Roma, para realizar uma audiência privada no Vaticano sobre Gaza.

“O presidente de Israel, Herzog, aterrissou essa manhã em Roma, é esperado que aconteça uma intensificação da guerra burocrática. O que faz parte da nossa missão e força social, o que será um confronto interessante, vamos ver quem é mais forte: o presidente sionista ou a mobilização social?”, questionou o organizador internacional da Flotilha, Thiago Ávila.