Eslovênia proíbe entrada de ministros israelenses no país e declara ‘persona non grata’
Sanções se aplicam a Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, da coalizão de extrema direita de Netanyahu; país é o primeiro da União Europeia a tomar medidas duras contra Israel
Em ação inédita para um país-membro da União Europeia, o governo da Eslovênia declarou nesta quinta-feira (17/07) os ministros israelenses Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben Gvir, da Segurança Nacional, de “persona non grata”. Como consequência, os principais parceiros da coalizão de extrema direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estão proibidos de ingressar no país.
“Estes são ministros que (…) defendem publicamente a expansão dos colonatos ilegais na Cisjordânia, os despejos forçados de palestinos e apelam à violência contra a população civil palestina. Com suas ações e posições, eles incitam a limpeza étnica da Cisjordânia e de Gaza”, explicou o governo, por meio de nota.
De acordo com Liubliana, as autoridades sionistas também incitam “à violência extrema e graves violações dos direitos humanos dos palestinos” por meio de “declarações genocidas”.
Além da Eslovênia, países como Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Noruega também impuseram sanções semelhantes contra Smotrich e Ben Gvir.

Eslovênia declarou os ministros israelenses Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben Gvir, da Segurança Nacional, como “persona non grata”
Wikimedia Commons/Oshrielba1991
Genocídio em Gaza
Em discurso ao Parlamento Europeu, em maio, a presidente eslovena Natasa Pirc Musar, instou o bloco europeu a tomar medidas mais fortes, condenando o que nomeou de ”genocídio” em Gaza.
Desta forma, o país se consolidou como os seis europeus que disseram que “rejeitam firmemente qualquer mudança demográfica ou territorial em Gaza” depois que Israel anunciou planos para expandir sua ofensiva militar no território palestino. No ano passado, a Eslovênia também reconheceu o Estado da Palestina depois da Irlanda, Noruega e Espanha.
Atualmente, Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, são alvos de mandados de prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, por cometimento de crimes de guerra e contra a humanidade na Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde do enclave, até o momento, mais de 58 mil palestinos foram assassinados pelas tropas israelenses desde 7 de outubro de 2023.
(*) Com Ansa























