Enviado de Trump visita centros de distribuição em Gaza
Desde maio, segundo a ONU, cerca de 1.373 palestinos foram assassinados enquanto buscavam comida
O enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, visita a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (01/08) para inspecionar os criticados centros de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
Em sua visita, Witkoff é acompanhado pelo embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee. Segundo a Casa Branca, o enviado especial e o embaixador irão informar o presidente norte-americano sobre as condições na região para a aprovação de um plano norte-americano destinado à distribuição de alimentos e ajuda humanitária em Gaza.
Desde maio, quando o sistema de distribuição de ajuda das Nações Unidas foi desmantelado, cerca de 1.373 palestinos foram assassinados enquanto buscavam suprimentos. Os números são do Escritório de Direitos Humanos da ONU e revelam que desse total, 859 morreram nas proximidades desses centros “de ajuda” e 514 ao longo das rotas de transporte de alimentos.
“A maioria dos assassinatos foi cometida pelos militares israelenses”, afirma o órgão, ao condenar a substituição do sistema de ajuda das Nações Unidas pelo da GHF. Mais de 100 ONGs já se manifestaram sobre o caso.

ONU informa que 1.373 palestinos foram assassinados enquanto buscavam suprimentos
IRNA
Ataques continuam
A visita ocorre após ataques aéreos de Israel levarem a mais de 50 mortes, em diferentes partes da Faixa de Gaza, nas últimas 24 horas. As autoridades de saúde locais confirmaram o falecimento de duas crianças por desnutrição. O número oficial de mortes por fome chega a 154 óbitos, 89 eram menores de idade.
Em relatório divulgado hoje (01/08), a Human Rights Watch (HRW) acusa Israel de usar a fome como arma de guerra, uma violação do direito internacional que constitui “crime de guerra”. “As forças israelenses não apenas estão famintas intencionalmente os civis palestinos, mas agora são mortas quase diariamente enquanto tentam buscar comida para suas famílias”, disse Belkis Wille, diretora associada de crises da HRW.
A entidade apela aos Estados Unidos e Israel que desativem o sistema atual operado pela GHF, considerado ineficaz e perigoso. E que o uso de força letal contra civis e o bloqueio de ajuda humanitária sejam suspensos.























