Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A embaixadora de Israel no México, Einat Kranz Neiger, negou que os mexicanos que integravam a missão humanitária da Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) rumo à Faixa de Gaza e que foram interceptados pelo exército israelense tenham tido seus direitos violados pelas autoridades daquele país.

“Completamente falso”, disse ela, durante uma coletiva na quinta-feira (09/10), depois que um grupo de seis cidadãos mexicanos denunciou que, quando foram detidos na prisão de segurança máxima de Ketziot, em Israel, foram privados de comida, bebida e remédios. 

“O embaixador mexicano em Israel (Mauricio Escanero) estava com eles, foi vê-los, pôde visitá-los e garantiu que estavam em boas condições. Portanto, temos certeza absoluta de que eles receberam tratamento digno e que não houve maus-tratos contra eles”, acrescentou Neiger.

Segundo a representante israelense, a flotilha apenas buscou “deslegitimar Israel” e rejeitou que a missão tenha tido como objetivo principal transportar ajuda humanitária.

“Esses seis mexicanos faziam parte de uma grande flotilha com muitos navios, quase 500 pessoas de todo o mundo que participaram de um ato de provocação política. Foi definida como ajuda humanitária, mas quando os navios chegaram e foram inspecionados verificou-se que havia um montante mínimo de ajuda comunitária, o que mostra que o verdadeiro objetivo desta frota não era a ajuda humanitária. Foi mínimo em comparação com os caminhões que chegam todos os dias, Israel gerencia essa entrada. Foi um ato para deslegitimar Israel”, disse.

Embaixadora de Israel no México, Einat Kranz Neiger
new.embassies.gov.il

Negacionista do genocídio

Na coletiva, Neiger rejeitou que o que Israel comete em Gaza seja um genocídio, em oposição à classificação dada pelas cortes internacionais e por grupos de direitos humanos pelo mundo. Para ela, trata-se de uma mecânica de “autodefesa” e descreve as ofensivas contra hospitais e escolas palestinos como “legítimas”, alegando que os locais são usados pelo Hamas para operações.

“Um hospital ou uma escola se torna um alvo militar legítimo quando a guerra e a atividade terrorista são realizadas a partir daí. Quando Israel atacou escolas e hospitais, foi porque havia evidências de que terroristas do Hamas estavam operando lá”, explicou.

Em sua fala, a embaixadora também minimizou o número de vítimas civis causadas pelos ataques israelenses e criticou as nações que reconhecem o Estado palestino, que considera como sendo “uma recompensa pelos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023″. Vale lembrar que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 67 mil palestinos foram assassinados em ataques coordenados pelo regime sionista desde o início do genocídio televisionado, em 7 de outubro de 2023.