Domingo, 14 de dezembro de 2025
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Depois de eventos lotados em Santa Catarina e Rio de Janeiro, com centenas de participantes e de obras autografadas, o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman fará novos debates sobre a questão Palestina e lançamentos do livro Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista (Editora Alameda), em Santa Maria (Rio Grande do Sul) e em  Santo André (São Paulo).

Com o apoio da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUSM) e do Comitê Palestina Livre Santa Maria, o lançamento de Contra o Sionismo na cidade gaúcha acontece nesta terça-feira (09/04), às 19h, no Auditório Flávio Miguel Shneider (CCR, Prédio 42) da Universidade Federal de Santa Maria.

Além de Breno Altman, o evento também conta com a presença de Neila Baldi, sindicalista e professora do curso de dança da UFSM.

Divulgação/Opera Mundi

Já no município do ABC paulista, o evento está marcado para sábado (13/04), às 15h, no restaurante Dutra Beer localizado na Avenida Lino Jardim, 120. Participa do debate com Altman o doutor em ciências sociais Marcelo Buzetto.

Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista

Lançado em dezembro de 2023, o livro de 100 páginas é resultado das intervenções de Breno Altman no canal de Youtube de Opera Mundi, em que tratou da história do sionismo, da resistência palestina e das agressões do  governo de Benjamin Netanyahu contra a população civil de Gaza. Hoje, com seis meses de guerra, a conduta das autoridades israelenses já resultou na morte de mais de 33 mil palestinos.

Altman aponta as diferenças entre judaísmo e sionismo e esclarece como o próprio sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática que promoveu a construção de um regime de apartheid contra os palestinos.

Desde o início dos ataques israelenses a Gaza, em outubro de 2023, Altman tem continuamente denunciado o massacre contra o povo palestino. Em decorrência de suas críticas ao regime sionista de Israel, o jornalista passou a ser alvo de uma série de ações judiciais a pedido de organizações sionistas, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), que pedem a censura ao jornalista.

Lançamentos em Florianópolis e no Rio de Janeiro

Na quarta-feira (03/04) passada, o lançamento de Contra o Sionismo lotou o hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O evento ocorreu após sofrer uma tentativa de censura da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da instituição.

Isso por que, a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade pediu à Editora da UFSC (EdUFSC) para que retirasse o apoio ao livro, uma vez que, segunda ela, Altman e o chargista e ativista brasileiro Carlos Latuff, que também participou do lançamento, são acusados de antissemitismo e poderiam, em suas intervenções, “trazerem novamente elementos de xenofobia, antissemitismo e discursos de ódio”.

No entanto, o diretor da Editora da UFSC (EdUFSC), Nildo Ouriques, deu continuidade ao apoio para que o lançamento acontecesse no espaço.

O evento organizado pelo Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Khader Othman, com apoio da EdUFSC e do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), foi marcado por um debate que contou ainda com a presença de Fawzi El-Mashni, embaixador da Palestina no México.

Editora UFSC
Lançamento de ‘Contra o Sionismo’ em Florianópolis

Comunicação Raízes do Brasil
Lançamento de ‘Contra o Sionismo’ no Rio de Janeiro

 

No dia seguinte, na quinta-feira (04/04), o lançamento de Contra o Sionismo foi em Santa Catarina, na cidade de Chapecó, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Com uma participação majoritária de estudantes, o debate sobre o genocídio cometido por Israel contra o povo palestino contou novamente com a presença de Latuff, além de Yasser Fayad, escritor e militante pelo Movimento da Libertação da Palestina Ghassan Kanafani, e também do coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação de Universidades Federais (Sindtae), Alexandre Fassina.

Já no sábado (06/04), o livro mais uma vez desembarcou na capital fluminense. Desta vez, o lançamento aconteceu durante o Sarau Palestina do Raízes do Brasil, no bairro de Santa Teresa, mobilizado pela organização do Movimento dos Pequenos Agricultores e pelo Raízes do Brasil.

Da mesma forma como a primeira passagem no Rio de Janeiro, em dezembro, ocasião no qual mais de 250 pessoas lotaram a Livraria Leonardo da Vinci e os livros foram rapidamente esgotados, o público também tomou conta do local.

Ao lado de Altman, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) debateu sobre a situação da guerra na Palestina. A parlamentar afirmou que a morte das mulheres e crianças em Gaza são fruto de “projetos de extermínio de um povo” e ressaltou a necessidade de isolar Israel, nos mais diversos âmbitos, com o objetivo de incapacitar a continuidade do genocídio no enclave.