Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Após Israel deixar dezenas de feridos no ataque desta quarta-feira (27/08) em Nablus, na Cisjordânia ocupada, colonos israelenses invadiram nesta quarta-feira (28/08) o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, sob forte proteção policial, informou a agência Wafa.

O templo é considerado o terceiro local mais sagrado do islamismo. Segundo a informação, dezenas de colonos entraram em grupos no local sagrado, “realizaram passeios provocativos nos pátios e cumpriram rituais talmúdicos”, em mais um episódio de tensão em torno do terceiro local mais sagrado do Islã.

Na última sexta-feira (23/08), o Hamas alertou sobre as ameaças e convocou uma “peregrinação em massa” à Mesquita de Al-Aqsa, alertando para a “gravidade” da situação e para as “repercussões das práticas terroristas e das incursões provocatórias”.

Segundo a Al Jazeera, autoridades israelenses emitiram duas ordens militares para confiscar cerca de 16 dunams (3,9 acres) de terras da vila de Jinsafut, a leste de Qalqilya, também na Cisjordânia ocupada. As áreas serão usadas para a pavimentação de novas estradas conectando os assentamentos de Yakir, Karnei Shomron e Emmanuel.

As ordens, afirma a reportagem, devem afetar agricultores de cinco vilarejos palestinos — Jinsafut, Amatin, Kafr Laqif, Far’ata e Deir Istiya —, privando aproximadamente 150 trabalhadores do acesso às suas terras, mesmo que obtenham autorizações, já que as rotas são consideradas áreas proibidas por estarem próximas a assentamentos.

Mesquita de Al-Aqsa é considerada o terceiro lugar mais sagrado do islamismo
Andrew Shiva / Wikipedia

12 palestinos presos

Paralelamente, operações militares israelenses prenderam pelo menos 12 palestinos em diferentes províncias da Cisjordânia. O Escritório de Mídia dos Prisioneiros Palestinos (ASRA), citado pela Wafa, informou que entre os detidos estão jornalistas, ativistas e prisioneiros libertados.

Em Belém, quatro pessoas foram presas, incluindo o jornalista Osaid Amarna, do campo de refugiados de Dheish, interceptado em um posto de controle militar enquanto dirigia. Em Hebron, três foram levados pelas forças israelenses, entre eles o reformista Sheikh Khader Dheeb al-Haroub. Em Jenin, quatro jovens foram detidos e mais uma pessoa foi presa em Qalqilya.

“Há várias semanas, a Cisjordânia tem sido palco de uma escalada contínua de incursões, prisões e tiroteios por parte do exército israelense, acompanhada de um aperto no cerco imposto às aldeias e localidades palestinas”, afirma a agência.