Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A campanha solidária em favor do jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, alcançou mais de 15 mil assinaturas na tarde desta terça-feira (14/10), com o endosso de intelectuais, políticos e personalidades brasileiras, em todas as regiões. Entre eles, o cantor Chico Buarque, a jornalista Lilia Schwarcz, o escritor Milton Hatoum e o deputado federal Rui Falcão (PT-SP). 

Por iniciativa dos comunicadores Juca Kfouri e Afonso Borges, o documento protesta contra a ação levantada pelo procurador Maurício Fabretti, do Ministério Público Federal (MPF), que denuncia Altman por críticas contra o genocídio promovido pela Estado de Israel na Faixa de Gaza.

A Opera Mundi, Kfouri declarou ter “esperança de que o Conselho Nacional do Ministério Público reveja isso ou que o próprio procurador que faz a denúncia reveja e volte atrás, porque não é apenas um atentado à liberdade de imprensa e liberdade de expressão, é um atentado à compreensão de texto”.

O processo do MPF atendeu a um pedido da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que em 2023 apresentou uma notícia-crime afirmando que publicações feitas pelo jornalista em suas redes sociais continham conteúdo racista e antissemita. Na época, a Polícia Federal (PF) havia concluído a ausência de crime e sustentado que Altman exerceu apenas o direito à liberdade de expressão. Contudo, o MPF decidiu prosseguir com a denúncia.

No dia anterior, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) posicionou-se publicamente em defesa do fundador de Opera Mundi, rechaçando a iniciativa da CONIB, afirmando se tratar de parte de uma série de tentativas que “atentam contra a liberdade de expressão” com o objetivo de “cercear o direito de Breno manifestar suas críticas ao governo de Israel, e seu reiterado apoio ao povo palestino.”

No mesmo dia, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram uma nota conjunta criticando a “indevida perseguição judicial” contra o jornalista, destacando que as entitdades tentam “não apenas desgastar, acuar e calar esse colega, mas igualmente intimidar quaisquer outros que se disponham a denunciar o Estado colonial, supremacista e terrorista de Israel, o genocídio que perpetrou em Gaza e os crimes de guerra e de lesa humanidade que Israel vem cometendo também na Cisjordânia, em Jerusalém, no Líbano e em outros países da região.”

Assine o abaixo-assinado aqui.