Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O cartunista israelense Jonathan Majburd publicou em sua conta no Instagram uma charge que chamou a atenção por fazer uma crítica racista ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

No desenho, Lula é retratado como um macaco que repete as palavras “Gaza” e “holocausto”, em meio a onomatopeias. A postagem sugere uma espécie de zombaria às denúncias do mandatário brasileiro contra as violações aos direitos humanos cometidas por Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza.

A publicação viralizou entre internautas brasileiros devido ao fato de que Majburd marcou nela o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), uma das figuras mais conhecidas da extrema-direita do país e aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os brasileiros que reagiram à charge estão também entidades, como a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), que questionou Ferreira sobre a sua ligação com o cartunista e com sua obra.

“Foi uma encomenda sua?”, perguntou ao parlamentar o perfil da entidade palestina no Instagram.

Postagem chamou atenção no Brasil pelo fato de que autor marcou o deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira; ‘foi encomenda sua?’, perguntou a Fepal ao parlamentar

Reprodução / Instagram

Charge de cartunista israelense faz alusão racista, ao retratar Lula como macaco

O presidente Lula tem sofrido uma série de críticas de apoiadores do governo de Israel – de dentro e e de fora do Brasil – após sua declaração dada no último domingo (18/02), em Adis Abeba.

Na ocasião, o mandatário comparou as violações aos direitos humanos cometidas por Israel na Faixa de Gaza, nos últimos meses, à política de extermínio dos judeus promovida durante a Alemanha nazista.

“O que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”, comentou o mandatário, durante uma entrevista coletiva após a 37ª Cúpula da União Africana, realizada na capital da Etiópia.

Vale lembrar que a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza já matou mais de 29 mil civis palestinos, incluindo cerca de 13 mil crianças, segundo entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU).