Canadá, San Marino e Malta avançam no reconhecimento do Estado palestino
Decisão ocorre em paralelo ao anúncio do Reino Unido de aderir pressão caso Israel não suspenda bloqueio alimentar
Os governos de San Marino, Malta e Canadá enfatizaram sua intenção de reconhecer a Palestina como um Estado, em meio ao bloqueio alimentar mantido pelo regime sionista de Israel como parte de sua investida genocida, iniciada em outubro de 2023 contra a Faixa de Gaza e outros territórios do Oriente Médio.
A decisão das três nações ocorre paralelamente à ameaça do Reino Unido a Israel de reconhecer o Estado palestino se Tel Aviv não suspender o bloqueio alimentar a Gaza.
Vale lembrar que o Parlamento de San Marino aprovou em 30 de agosto de 2024 a criação de uma representação diplomática para o Estado da Palestina, uma medida que o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina descreveu como “crucial para o reconhecimento da Palestina”.
O Ministério enfatizou o comprometimento de San Marino com a solução de dois Estados, afirmando que ela busca “acabar com a ocupação e alcançar a tão esperada justiça para os palestinos“.
A decisão incluiu um apelo para apoiar a plena adesão palestina à ONU e para estabelecer corredores humanitários para aliviar a crise em Gaza.
Malta também avançou em seu compromisso de reconhecer a Palestina como um Estado soberano. O primeiro-ministro Robert Abela anunciou em 25 de maio que seu país formalizará esse reconhecimento em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), após o adiamento de uma conferência em junho devido às tensões entre Israel e o Irã.

Nações pressionam pelo fim do genocídio de Israel em Gaza e a criação de dois Estados
Roberto Parizotti
Abela enfatizou a necessidade de não ignorar “a tragédia humana que piora a cada dia” em Gaza, onde mais de 60.000 palestinos morreram, segundo dados oficiais.
Malta, que mantém um escritório de representação em Ramallah desde 2009, se juntará aos 147 países que reconhecem a Palestina, incluindo nove nações que o fizeram em 2024, como Irlanda, Noruega e Espanha.
O Canadá, embora não tenha reconhecido formalmente a Palestina, dá sinais de que está reconsiderando sua posição. A ministra das Relações Exteriores, Anita Anand, garantiu ontem (29/07) à ONU que seu país “apoia o direito da Palestina à autodeterminação para viver como um Estado independente, em liberdade e dignidade”.
“O compromisso do Canadá com a solução de dois Estados se baseia em nosso desejo de que o povo palestino viva em liberdade e dignidade, e que os israelenses vivam em paz e segurança”, disse o diplomata canadense.
Ele também enfatizou que Ottawa “continuará as discussões com a Autoridade Palestina, pois um Estado palestino viável requer uma governança legítima e democrática que sirva a todo o povo palestino”.























