Biden chama guerra de Israel em Gaza de ‘erro’ e pede que Netanyahu respeite cessar-fogo
Presidente dos EUA muda tom e exige que Tel Aviv permita entrada de ajuda humanitária aos palestinos
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, endureceu o discurso contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao afirmar nesta terça-feira (09/04) que sua ofensiva na Faixa de Gaza “foi um erro”, além de pedir um cessar-fogo para o conflito.
Sendo os EUA o país que mais fornece armas e ajuda militar para a ofensiva que já deixou mais de 33 mil mortos e defendia desde o início do conflito o “direito de defesa” de Israel, agora o mandatário norte-americano muda o tom de seu apoio ao país.
“Acho que o que ele está fazendo é um erro. Não concordo com a sua abordagem e o ataque dos veículos [da ONG de ajuda humanitária World Central Kitchen] por drones foi ultrajante”, declarou Biden em entrevista à Univision, rede de televisão norte-americana de língua espanhola.
Sobre o cessar-fogo, que já foi determinado pelo Conselho de Segurança da ONU – mas desrespeitado por Israel – o presidente norte-americano pediu que os israelenses exijam a medida para o fim do conflito.

Apesar das críticas, Israel insiste em prolongar conflito no enclave
Biden também recomendou que Israel permita a entrada de ajuda humanitária como alimentos e insumos médicos para a população de Gaza nas próximas seis ou oito semanas.
“Conversei com a Arábia Saudita, a Jordânia e o Egito, e eles estão preparados para enviar essa ajuda e não há desculpa para não atender às necessidades médicas e alimentares dessas pessoas. Isso deve ser feito agora”, declarou.
Nesta linha, segundo o jornal britânico The Guardian, a administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAid), Samantha Power, garantiu que há “uma mudança radical [na ajuda que entra em Gaza], que esperamos que seja sustentada e ampliada”.
Apesar das críticas da comunidade internacional e de seu principal aliado, os Estados Unidos, Israel insiste em prolongar o conflito no enclave, retirando seus soldados de Khan Younis apenas para direcionar uma ofensiva maior em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito.























