Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Na última sexta-feira (04/08), Avraham Burg, ex-presidente do Knesset e figura proeminente do Partido Trabalhista de Israel, fez um apelo nas redes sociais, solicitando que 1 milhão de judeus em todo o mundo se unissem em uma ação coletiva no Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando Israel de crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

O pedido teria sido feito na plataforma Substack. Escreveu Burg: “Precisamos de um milhão de judeus, menos de 10% da população judaica global, para apresentar um recurso conjunto à Corte Internacional de Justiça em Haia”, em uma postagem intitulada “Judeus – Rebelem-se. Agora!”

Burg pediu que indivíduos, comunidades e organizações judaicas se engajassem no que chamou de uma “iniciativa moral e jurídica histórica”. Em suas palavras: “Não permitiremos que o Estado de Israel, que inflige violência sistemática à população civil, fale em nosso nome. Não permitiremos que o judaísmo seja um pretexto para crimes”.

Burg pediu que indivíduos, comunidades e organizações judaicas se engajassem no que chamou de uma 'iniciativa moral e jurídica histórica' <br / > Avraham Burg/Divulgação

Burg pediu que indivíduos, comunidades e organizações judaicas se engajassem no que chamou de uma ‘iniciativa moral e jurídica histórica’
Avraham Burg/Divulgação

Hoje com 70 anos, Burg foi presidente do Knesset de 1999 a 2003 e anteriormente chefiou a Agência Judaica e a Organização Sionista Mundial. Hoje, trata-se de um dos dissidentes mais proeminentes de Israel, frequentemente alertando sobre a liderança política do país.

O ex-líder também aproveitou para criticar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua coalizão. Segundo ele, a situação atual é resultado da “ditadura do poder e da corrupção” e “sua coalizão de fanáticos apocalípticos”. Ele ainda colocou que a proposta de uma ação legal no TIJ é uma forma de resistência moral, destacando a necessidade de uma exaltação ética diante do que considera uma política corrupta.